No Brasil, a exportação foi retomada e entregas de contratos fechados antecipadamente
Ontem, durante a tarde começamos a ouvir alguns sintomas de alívio no protesto dos caminhoneiros na Argentina, que paralisou mercado do milho, disse a TF Agroeconômica. “As organizações em protesto decidiram liberar a medida de força como sinal de solidariedade à morte de um caminhoneiro ocorrida há 2 dias em um piquete na área de Bahia Blanca. Em reunião realizada na noite de ontem, foi acordado um aumento de 16% em todas as tarifas de transporte de grãos. Os sindicatos dos caminhoneiros, no entanto, continuarão realizando reuniões para ver quais os próximos passos a seguir por conta da escassez de óleo diesel, que ainda permanece sem solução e incerta”, comenta.
Com queda na Bolsa de Chicago e dificuldades na fronteira, o mercado paraguaio ficou mais lento. “Mercado de cereais apresentou movimento semelhante ao do dia anterior, com ritmo mais lento do que o observado em toda a semana, com alguns negócios específicos para o oeste catarinense. Os vendedores que não venderam nos dias anteriores procuraram sair com alguma posição antes que o preço continuasse corrigindo. Muitos vendedores, embora atraídos pelos preços do mercado brasileiro, que trabalha com spread significativo contra a FAS, limitam os negócios, preocupados com a logística na fronteira”, completa.
No Brasil, a exportação foi retomada e entregas de contratos fechados antecipadamente. “Por outro lado, os preços em Goiás estão muito competitivos, tanto para a exportação como para o mercado interno, inclusive dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, como mostramos na tabela ao lado. Hoje seria possível comprar milho a R$ 73 no sul do estado de Goiás, que chegaria a Santa Catarina ao redor de R$ 89,00/saca, mais ICMS, contra R$ 93,00 negociados no estado. No Rio Grande do Sul este milho chegaria ao redor de R$ 89,00, contra R$ 95 locais”, conclui.
AGROLINK – 01/07/2022
Leonardo Gottems