Em relação ao milho paraguaio, a alta do dólar limita o interesse brasileiro
Com nova alta do milho em Chicago, os preços brasileiros avançam no Brasil, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os embarques para julho fecharam a US$ 340/t; agosto fechou a US$ 330; setembro fechou a US$ 330 e outubro não foi cotado, nos portos de Santos-SP ou Tubarão-ES. Os preços dos embarques em Barcarena/Itaqui mantiveram-se em US$ 327/t para agosto e setembro”, comenta.
Além disso, as altas de Chicago superaram queda nos prêmios e preços FOB da Argentina sobem. “Com a nova alta em Chicago os preços para os navios Handysize subiram: julho subiram US$ 4/t para US$ 305/t; agosto fechou a US$ 306 e setembro aumentou US$ 5/t para US$ 308. Outubro fechou a US$ 317, novembro a US$ 323 e dezembro a US$ 323/t. Para safra nova, março23 fechou a US$ 297/t, em alta de US$ 4/t. Para os navios Panamax, os preços fecharam a US$ 322/t para julho e foram cotados a US$ 320 agosto, US$ 326 setembro, US$ 329 outubro, alta de US$ 2/t”, completa.
Em relação ao milho paraguaio, a alta do dólar limita o interesse brasileiro. “O mercado de cereais não apresenta grandes movimentos. O mercado da FAS Assunção não consegue funcionar nos níveis desejados pelos vendedores, e durante o dia houve uma distância de pelo menos 5,00 U$D/MT entre os picos. Com alguma ajuda de citações, poderíamos ver mais movimentos. De qualquer forma, são relatados negócios específicos no interior do país”, indica.
“O mercado brasileiro conseguiu negócios pontuais nos últimos dois dias, os valores são mais atrativos que o mercado local, mesmo com os altos valores dos fretes, mas a grande maioria dos vendedores não se sente confortável com a logística. Caso os problemas logísticos da safra não se confirmem e as estruturas de preços sejam mantidas, poderemos ver um volume muito maior de negócios com destino ao país vizinho”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 17/06/2022