“O clima quente e seco na Europa parece ter tirado o conforto de muitos”
A queda da semana passada se acentuou ainda mais para o mercado do milho, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Como mostramos no título do comentário sobre o comportamento das cotações de Chicago, as cotações do milho para o primeiro mês cotado, julho, fecharam em alta de 1,47% no dia, mas queda de 0,25% na semana e 4,55% no mês”, comenta.
“O anúncio do acordo entre Brasil e China foi baixista para as cotações de Chicago, porque a demanda vai se direcionar para o Brasil com um volume potencial nada desprezível de 10 milhões de toneladas, ao invés de reduzir os estoques americanos. Então, este movimento poderá impulsionar o gráfico da cotação de julho um pouco mais para baixo”, completa.
No entanto, os prêmios brasileiros subiram. “Com a notícia do acordo Brasil-China, os prêmios do milho no porto de Santos passaram de $65 cents/bushel para $ 90 cents/bushel para julho e de $75 cents/bushel para agosto para $ 120 cents/bushel e continuam subindo. Corretores comentam sobre mais demanda no mercado internacional. Os estoques do consumidor final estão muito curtos”, indica.
“O clima quente e seco na Europa parece ter tirado o conforto de muitos. Mercado de olho no levantamento das condições das lavouras na França. O clima na Europa continua esquentando e mais seco que o normal. A Europa produz 70 milhões de milho e importa 15 milhões, sendo a metade da Ucrânia. Tradings no Brasil retiraram as ofertas de milho no FOB. Os prêmios estão subindo e está difícil originar. Além disso tem a China que pode começar a comprar”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 30/05/2022