“O mercado ainda não reagiu à possibilidade de compra de milho brasileiro pela China”
Com quedas em Chicago, preços do milho para exportação também recuaram, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os preços FOB nos portos de Santos e Tubarão, em dólares/tonelada para o milho brasileiro recuaram US$ 5/t deste a última cotação, na última segunda-feira. O mês de julho recuou US$ 5/t para US$ 301/tonelada; já o prêmio do mês de agosto se elevou de +78 para +125 e fez a cotação subir US$ 11/t para US$ 336/t, o mesmo acontecendo com o prêmio e o preço para setembro, que subiu US$ 11/t para US$ 336”, comenta.
“O mercado ainda não reagiu à possibilidade de compra de milho brasileiro pela China. A falta de ordens específicas, que concretizassem a medida levou o mercado a relaxar, diante da permanência da disponibilidade interna prevista para a Safrinha, fazendo os preços retomarem a direção da queda para julho, mas, como esta possibilidade existe mais para frente, os preços para agosto e setembro subiram”, completa a consultoria.
Em relação ao milho paraguaio, com leve queda nos valores internos e Brasil estável não geram ofertas. “O cereal teve um início do dia sem grandes expectativas, com fortes quedas na tela e com compradores mantendo seus números. Mas ao meio- dia, os preços começaram a se recuperar, com os compradores refletindo sobre as melhorias nos preços. O mercado FAS Assunção conseguiu movimentar um volume razoável, considerando o quão lento estava chegando”, indica.
“O Brasil também conseguiu participar, mas de forma mais tímida, pois mesmo apresentando valores atrativos, preocupações logísticas limitam os interesses dos vendedores”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK -27/05/2022