Nesse caso, as consequências dos preços seriam uma leve alta em Chicago
Está se iniciando uma preocupação com a possibilidade de seca sobre a safrinha no Centro-Oeste, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. Nesse contexto, a maior safra de milho da história do Brasil teve um mês de abril e início de maio predominantemente seco em algumas regiões do estado de Mato Grosso (MT), segundo dados do IMEA e que só começou a aparecer de forma mais acentuada na semana passada.
“Essa mesma situação ocorre em algumas regiões do estado de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. De pouco mais de 40 milhões de toneladas estimadas para MT, há cortes de 1,2 a 2 milhões/ton, com os quais a safra deste estado deve cair para 38/39, mas ainda quase 7 milhões/ton. que em 2021. Estimativas recentes são de que somando MT, GO, MG e SP, o Brasil já perdeu 5 mil/ton do seu potencial estimado e ao invés de colher 88/90 de milho Safrinha em 2022, cairá para 83/85 milhões de toneladas”, comenta.
Nesse caso, as consequências dos preços seriam uma leve alta em Chicago, com impactps sobre a exportação, por enquanto, que poderia oferecer preços mais altos pelo milho, aumentando a concorrência com as indústrias internas. “Se a seca não atingir os estados do sul, os preços internos não se elevarão substancialmente, uma vez que a produção do Centro-Oeste do Brasil é destinada basicamente à exportação”, completa.
“Como mostra o fechamento de hoje, os mercados futuros do milho em São Paulo (queda de 1,22%) e em Chicago (queda de 1,26%) ainda não estão precificando esta possibilidade de quebra próxima. A recomendação, então, seria deixar baixar um pouco mais e colocar ordens de compra a médio e longo prazos”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 10/05/2022