Nos 10 primeiros dias úteis do mês corrente foram enviadas para fora do país 238,38 mil toneladas
As exportações brasileiras de milho nas duas primeiras semanas de abril foram 224,13% maiores que todo o mês de abril de 2021, de acordo com informações da TF Agroeconômica. Nesse contexto, os preços do cereal devem subir, puxados justamente por essas vendas externas. “Se o volume das exportações continuar a subir no Brasil, poderá ser um fator de alta para os preços, porque as Tradings disputarão o cereal com as indústrias consumidoras locais, mantendo-os elevados”, comenta.
“As exportações de milho continuam firmes em abril, durante a última semana foram embarcadas 129,76 mil toneladas do com uma média de 32,44 mil t/dia representando um avanço de 79,18% ante a média diária da primeira semana de abr/22”, contextualiza a consultoria.
Nos 10 primeiros dias úteis do mês corrente foram enviadas para fora do país 238,38 mil toneladas do cereal, 224,13% a mais do que o mesmo período no ano passado. “O preço médio da tonelada ficou em US$ 321,28, valorização de 10,0% no comparativo semanal. Até o momento, as vendas externas do grão consolidaram uma receita de US$ 76,59 milhões, montante 2,4 vezes superior ao registrado em todo o abr/21, quando a tonelada era precificada próxima dos US$ 243,27”, completa, citando a Agrifatto.
“Em dia amargo para o mercado, que somou a aversão a risco externa a fatores políticos e econômicos domésticos, o dólar escalou sobre o real. Com uma alta de 4,00%, terminou o dia no maior patamar em quase um mês (24/03), a R$ 4,8051. Entre a mínima (R$ 4,6724) e a máxima do dia (R$ 4,8390), o dólar chegou a andar R$ 0,15 e preocupou o Banco Central, que atuou vendendo divisa para acalmar os ânimos e retirar pressão do real”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 25/04/2022