Umidade, temperaturas amenas e a luminosidade proporcionam condições ideais
O Rio Grande do Sul está em ritmo lento na colheita do milho, que atingiu 75% da área cultivada. Além da priorização da operação em outros cultivos, ocorreram chuvas nos dias 23 e 24/03, que impediram as atividades à campo. As lavouras em maturação totalizam 14%.
O milho semeado em safrinha representa 11% e têm desenvolvimento satisfatório, uma vez que a umidade nos solos, as temperaturas amenas e a luminosidade característica do outono proporcionam condições ideais para a cultura manter o potencial produtivo.
Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, o preço médio da saca de milho variou – 4,04%, decrescendo de R$ 94,47 para R$ 90,65. Preço para produto disponível em Cruz Alta em R$ 92,00/sc.
Veja como está o desenvolvimento por região, conforme a Emater/RS:
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita alcançou 25% da área plantada no município de Rosário do Sul, e a redução na produtividade é estimada em 70%. Na Campanha, em Dom Pedrito, 70% das lavouras do cereal foram colhidas. Em Caçapava do Sul, o estresse hídrico e térmico, nas fases de pendoamento e de floração, acarretou a não formação de grãos nas espigas, inviabilizando a colheita. Alternativamente, a massa verde foi destinada para ensilagem, embora a qualidade do alimento seja muito baixa. Nos municípios de Candiota, Hulha Negra e Aceguá, áreas expressivas foram implantadas com a cultura em janeiro e fevereiro, e o potencial produtivo se mantém.
Na de Caxias do Sul, a colheita avançou e compreende aproximadamente 35% da área semeada, enquanto 50% estão em fase de maturação. As lavouras em enchimento de grãos representam 15% e tem potencial produtivo favorável devido às melhores condições ambientais a partir da fase de floração.
Na região administrativa de Ijuí, as lavouras semeadas em final de dezembro e no transcorrer de janeiro, apesar da reduzida área, apresentam desenvolvimento muito superior as já colhidas.
Na regional de Pelotas, mesmo sem ocorrência de chuvas no período, os solos permaneceram com teor adequado de umidade, permitindo a continuidade do desenvolvimento das lavouras em estágio vegetativo, florescimento e enchimento de grãos.
Na de Passo Fundo, 90% das lavouras foram colhidas, e 10% estão maduras e por colher. Os índices consolidam as perdas de produtividade decorrentes da estiagem, que estão próximos a 60% da projeção inicial.
Na de Porto Alegre, a colheita atingiu 39% da área cultivada, e 34% estão em maturação. A produtividade alcançada é pouco superior a 4.200 kg/ha. Na regional de Santa Maria, 4% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo; 8% em floração; 11% em enchimento de grão; 11% em maturação; e 66% foram colhidas. As perdas acumuladas situam-se em 65% da produtividade inicial. As lavouras da safrinha, principalmente no milho convencional, apresentam bom potencial e estão sendo monitoradas quanto à ocorrência de lagartas e da cigarrinha do milho. Foi necessário realizar o controle em determinadas situações de aumento de população dessas pragas.
Na de Santa Rosa, as lavouras de milho safrinha apresentam boas condições de desenvolvimento e potencial produtivo. Os tratos culturais, de controle de ervas-daninhas e de pragas (em especial a lagarta) e a adubação nitrogenada em cobertura foram interrompidas com a sequência de dias chuvosos no período.
Eliza Maliszewski
AGROLINK – 04/04/2022