O mercado do milho opera em campo misto na manhã desta sexta-feira (1) na Bolsa de Chicago, depois das boas altas da sessão anterior. Perto de 8h10 (horário de Brasília), os dois primeiros vencimentos, entre os principais, operavam no vermelho, enquanto os dois seguintes continuavam avançando. As oscilações, porém, eram bem tímidas.
O contrato maio/22 tinha US$ 7,46 e o setembro, US$ 6,98 por bushel. Os preços parecem passar por um movimento de ajustes técnicos depois do fechamento positivo do pregão anterior, quando foram refletidos os novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicando uma redução na casa de 4% na área da safra 2022/23 norte-americana dedicada ao cereal.
“Esperávamos uma redução de 2% de área e veio uma redução de 4%. Fazendo o cálculo de uma redução de área de 2%, que era a previsão inicial, teríamos uma redução de oferta de 10 milhões de toneladas, com mais esses 2% são mais 10 milhões de toneladas a menos”, explica o analista de mercado Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora. Com isso, não só a oferta será menor, como já são estimados também estoques mais ajustados, outro fator importante de suporte para as cotações.
Agora, os números da área nos EUA se unem a uma série de incertezas que já rondam o mercado do milho.
“Lembrando que além dos EUA em queda de plantio, tudo aponta que a Ucrânia ira ter uma área muito menor neste ano e assim apelo para menor oferta que a demanda e fundamento positivo para as cotações no médio e longo prazo e isso trazendo alta no curto prazo”, explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Notícias Agrícolas – 01/04/2022