A Abramilho é defensora histórica do livre comércio e enxerga com serenidade a eventual importação de milho de países de fora do Mercosul, sobretudo dos EUA, como reforço momentâneo ao abastecimento interno. Em relação à transgenia, as decisões da CTNBio têm como base a Ciência.
A entidade lembra que a safra brasileira de milho vem historicamente avançando, o que acentua o gigantesco potencial alimentício e energético do grão.
O produtor vem ano a ano incorporando novas tecnologias em insumos – sementes, defensivos, fertilizantes -, maquinário, mão de obra qualificada e mais recentemente adicionando as ferramentas digitais em busca de ganhos contínuos de produtividade.
Além de ser matéria-prima básica para indústria alimentícia e principal insumo para agroindústria de carnes, o milho também passou a ser altamente demandando para fabricação de etanol, o que vem abrindo uma nova fronteira de negócios para toda cadeia produtiva.
O milho brasileiro também vem ganhando espaço na comunidade internacional nos últimos anos graças à ampla oferta que produzimos, bem como pela excelente qualidade do nosso grão.
A atual conjuntura de demanda aquecida combinada a quebras de safra, devido à estiagem e pragas, é o que vem gerando este cenário de oferta mais limitada e preços mais altos.
Diante deste cenário, a Abramilho observa que é de fundamental importância impulsionar a produção nacional. Para tanto, a entidade acredita que o Brasil precisa de um plano estratégico, que tenha apoio direto do governo, de incentivo ao cultivo do grão. O produtor precisará do suporte de um plano, ancorado em novas tecnologias, seguro rural, crédito equilibrado, mecanismos didáticos e eficientes de comercialização antecipada, entre outros pontos.
Ademais, a Abramilho ressalta que mantém diálogo constante com representantes da cadeia produtiva de suínos e frangos de corte, recomendando, sempre que seja possível, a compra antecipada de milho, a fim de garantir o abastecimento do setor de proteína animal.
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