A agenda ambiental e um comércio internacional menos politizado devem ganhar força na gestão de Joe Biden à frente dos Estados Unidos, avalia o presidente institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) – www.abramilho.org.br -, Cesario Ramalho da Silva.
De acordo com Ramalho, o agronegócio brasileiro não tem o que temer em ambas as áreas. “Temos um ativo ambiental robusto tanto de proteção quanto de boas práticas agrícolas, sem contar que temos a mais ambiciosa legislação, o Código Florestal. Não nos falta regulação, mas sim aplicação da lei, bem como uma melhor comunicação que possa reverberar internacionalmente a sustentabilidade do nosso agro.”
No que diz respeito ao comércio internacional, o presidente institucional da Abramilho observa que a expectativa com Biden é de negociações mais pautadas pelas regras de mercado, menos instáveis e com menos traços ideológicos. “Em teoria isso nos é favorável porque nosso agronegócio é absolutamente competitivo, de ponta, ao gerar volume, qualidade e diversidade a preços equilibrados.”
Segundo Ramalho, Biden deve colocar novamente os EUA no Acordo de Paris. “E aguardamos também um resgate da importância do multilateralismo comercial por meio de uma revalorização da Organização Mundial do Comércio (OMC).”
Como prioridade das relações comerciais do agronegócio entre Brasil-EUA, o presidente institucional da Abramilho vê a necessidade de reciprocidade de Washington para com produtos do setor sucroenergético brasileiro, já que a prorrogação da isenção para importação de etanol dos EUA não teve contrapartida similar para as nossas exportações.