Redução de 3,56 milhões de toneladas na produção anual mundial do cereal
O relatório de acompanhamento mensal dos quadros de oferta e demanda dos Estados Unidos e mundial (WASDE), registram queda de 3,84 milhões de toneladas (MT) nos estoques finais mundiais. De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, esse foi um “grande indicador de alta dos preços no mercado internacional pelo menos pelos próximos 30 dias”.
Divulgado na última sexta-feira (09.10) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), o relatório WASDE apontou ainda a redução de 3,56 milhões de toneladas na produção anual de milho. Na visão da equipe de analistas da TF, isso deverá contribuir para manter os preços do milho em alta.
“Esta redução acontece à revelia do aumento de 28 milhões de toneladas da produção americana e do aumento de 8 milhões de toneladas na produção brasileira, que compensaram as quedas nas produções da União Europeia (580 mil toneladas) e de 1 milhão de toneladas na produção argentina. O reflexo imediato deste relatório foi a elevação de 8 cents/bushel nas cotações do milho em Chicago para o mês presente e de 7,50 a 2,75 para os meses mais distantes”, explicam os analistas.
ESTADOS UNIDOS
O mesmo relatório de oferta e demanda do USDA registrou aumento de 8,60% nos estoques finais de milho nos EUA, ou 4,36 milhões de toneladas, constituindo-se num fator negativo para os preços. “O aumento nos estoque foram provocados pelo também forte aumento na produção, de 28 milhões de toneladas, para 373,22 MT, embora este número também tenha sido abaixo das estimativas do mercado, o que ajudou a impulsionar os preços. O aumento da demanda, com 13,89 milhões de toneladas a mais na exportação e 3,58 MT a mais na demanda interna também fortaleceu os preços”, concluem os analistas.
AGROLINK -12/10/2020