Volume é 28% maior do que no mesmo período do ano passado
O Plano Safra 2020/2021 já desembolsou R$ 73,8 bilhões em três meses de lançamento. A demanda de produtores rurais, cooperativas e agroindústria gerou um desempenho 28% maior do que no mesmo período do ano passado.
O maior volume foi dos financiamentos de custeio que alcançaram R$ 42,5 bilhões ou incremento de 20%. O crédito com industrialização somou R$ 5,1 bilhões, alta de 17%. A comercialização teve aumento de 4%, totalizando nos três meses R$ 6,5 bilhões.
Já os financiamentos de investimento tiveram alta de 72% no valor contratado, com R$ 19,6 bilhões. Os destaques dos programas de investimentos ficaram por conta do Moderagro (R$ 658 milhões), Moderinfra (R$ 246 milhões), Inovagro (R$ 1 bilhão), Moderfrota (R$ 4 bilhões), PCA (R$ 556 milhões) e o programa ABC (R$ 1 bilhão).
Os médios produtores rurais (Pronamp) contrataram R$ 10,5 bilhões contabilizados em todas as finalidades (custeio, industrialização, comercialização e investimento), com 64.699 contratos. Já os agricultores familiares (Pronaf) contrataram R$ 12,7 bilhões, com 500 mil contratos no período.
As contratações de crédito rural, com recursos da fonte LCA tiveram redução de 17%, ficando em R$ 7,1 bilhões. Essa redução está relacionada à queda nas emissões de LCA, observada no período de maio a agosto último.
Entre os fatores que contribuíram para este bom desempenho estão as condições favoráveis de mercado, interno e externo, resultantes do crescimento da demanda, alta do dólar e dos preços agrícolas, apoiadas pelas políticas de apoio ao produtor rural, explicam o acentuado crescimento da demanda por crédito rural, notadamente para investimentos. “O desempenho observado nessa fase inicial do Plano Safra, em algumas linhas de investimento, supera o que ocorreu ao longo de todo o ciclo da safra anterior. Isso evidencia o bom momento pelo qual atravessa o agronegócio brasileiro”, avalia o diretor de Crédito e Informação do Mapa, Wilson Vaz de Araújo.
AGROLINK – 07/10/2020