Cultura teve alguns elementos revisados que valem já para esta safra
Foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (21) as portarias do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do milho de segunda safra. A cultura passou por algumas revisões e passa a contar com novos elementos já para o próximo plantio.
Entre elas passa a ser considerada a influência da variável temperatura no desenvolvimento fenológico da planta. “A duração média dos ciclos de desenvolvimento está ajustada às variações de temperatura de cada região”, explica o geógrafo da Embrapa Balbino Evangelista.
Como se trata de uma cultura que tem cultivo realizado em período de transição climática os riscos são redobrados. Por isso o risco de geada foi expandido não somente para a parte reprodutiva como florescimento e enchimento de grãos mas passa a ser considerada durante todo o cultivo, aumentando a atenção a este fator em algumas regiões.
O novo Zarc também incorporou o risco de ocorrência de excesso de chuva na colheita. A expectativa é de que essa novidade colabore significativamente para o aperfeiçoamento do zoneamento da cultura, sobretudo aquele voltado às lavouras da Região Norte. Uma outra novidade, que também já estará valendo na próxima safra, é o aperfeiçoamento do indicador que mede a satisfação da necessidade de água nos momentos de germinação e de desenvolvimento inicial da lavoura, o que vai reduzir o risco de ocorrência de seca na hora do plantio.
“O Zarc traz benefícios para todos os diferentes elos da cadeia do agronegócio do milho, especialmente para o produtor que, ao semear na data indicada para o seu solo e cultivar melhor adaptada, pode reduzir os riscos e com isso aumentar sua produtividade e renda”, sintetiza Balbino.
AGROLINK – 21/09/2020