Os ensaios com densidades de 50.000 plantas / ha expressaram até 9 espigas
Os produtores de Apresid, na Argentina, estão determinados a desenvolver sistemas agrícolas irrigados nos vales do Rio Negro para aumentar o rendimento de milho na região da patagônia. Longe dos ambientes produtivos típicos de nosso país, a Fazenda Vale Irrigado da Patagônia Norte (VINPA) visa ajustar o manejo para que a agricultura atinja seu potencial máximo nesses ambientes.
No local, a falta de chuvas e a alta demanda ambiental que implica grandes perdas devido à evapotranspiração fazem da irrigação uma ferramenta essencial. Porém, as temperaturas médias e um suprimento de radiação que excede o das áreas mais produtivas do país criam condições agroecológicas excepcionais para o desenvolvimento das culturas. Lá, a temperatura média anual é 14,6 ° C e o período de congelamento é de 169 dias, com precipitação anual de 386 mm.
“Quando conseguimos ajustar o suprimento de água e nutrientes, o milho é capaz de capturar o alto suprimento de radiação e transformá-lo em grão, expressando seu potencial mesmo em baixas densidades”, explica Ing. Agr. Magali Gutierrez, gerente técnico de projetos.
Os ensaios com densidades de 50.000 plantas / ha expressaram até 9 espigas de alta produtividade em um medidor linear, ou seja, 3 espigas por planta. Hoje, os lotes de produção são gerenciados com densidades de 90.000 a 100.000 sementes / há.
Eles são plantados na antecessora Vicia villosa entre 15 e 25 de outubro, ajustando o N disponível a 300 kg / ha (N-solo + fertilizante) e irrigação sem déficit. “O rendimento aqui provavelmente está acima de 14 toneladas / ha. Mas os picos que vemos em alguns pontos indicam que podemos aspirar a potenciais de 18 tn / ha ”, alerta Gutiérrez.
AGROLINK – 14/04/2020