CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do milho negociados em Chicago atingiram nesta segunda-feira o menor nível desde 2016, diante das perspectivas de um enorme plantio do grão nos Estados Unidos e de um novo recuo nos preços do petróleo, que ressalta a demanda reduzida por etanol de milho.
A soja também chegou a recuar, batendo mínima de duas semanas durante a sessão, mas se recuperou e fechou em alta por sinais de que condições de seca na América do Sul possam reduzir a enorme safra projetada para o Brasil.
Ainda assim, os mercados futuros da oleaginosa não abandonaram temores de que a demanda por farelo de soja possa diminuir nos próximos meses, à medida que a pandemia de coronavírus afeta a cadeia global de oferta de alimentos.
Enquanto isso, preocupações climáticas em parte das Grandes Planícies dos EUA e na região do Mar Negro impulsionaram o trigo, com a possibilidade de um período de frio nos EUA e de seca no Leste Europeu, na Ucrânia e no sul da Rússia.
O contrato mais ativo do milho fechou em queda de 3 centavos de dólar, a 3,2775 dólares por bushel, depois de recuar até 3,2550 dólares/bushel, menor nível desde setembro de 2016.
A soja avançou 1,25 centavo, a 8,555 dólares/bushel, e o trigo avançou 6,50 centavos, para 5,5575 dólares o bushel.
(Reportagem de Christopher Walljasper em Chicago, com reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris, Naveen Thukral em Cingapura e PJ Huffstutter em Chicago)
Reuters – 06/04/2020