Scot Consultoria acredita que demanda vai seguir aquecida e nem mesmo a perspectiva de recorde de produção na segunda safra deve mudar o cenário de altas. Início das colheitas em junho/julho devem reduzir cotações, mas ainda manter patamares superiores à 2019
Os preços do milho no mercado brasileiro encerram o mês de fevereiro 20% maiores do que no mesmo período do ano passado. O recorde de exportações em 2019, a alta do dólar e a demanda interna aquecida para produção de ração e usinas de etanol foram os responsáveis por esta alta.
Segundo o zootecnista e analista da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro de Lima, este cenário deve permanecer sustentado, pelo menos, até o final deste primeiro semestre, antes da chegada da nova oferta da segunda safra brasileira.
Porém, mesmo que as expectativas sejam de produção recorde do cereal no país, as cotações ainda devem permanecer cerca de R$ 10,00 por saca maiores do que as do início da colheita de 2019, caindo dos atuais 52/53 reais para R$ 44,00.
Olhando para o mercado internacional, de Lima comenta que a revisão para cima da expectativa de área cultiva de milho nos Estados Unidos divulgada no final da última semana pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) corresponde à um aumento em relação a última safra, que teve menos áreas cultivadas em função das dificuldade de plantio.
Notícias Agrícolas – 27/02/2020