Após muitas movimentações ao longo do dia, os preços internacionais do milho futuro encerraram a terça-feira (23) com valorizações na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram altas entre 3,25 e 4,75 pontos.
O vencimento setembro/19 teve alta de 3,25 pontos valendo US$ 4,25, o dezembro/19 valeu US$ 4,31 com elevação de 4,75 pontos e o março/20 foi cotado à US$ 4,40 com 4,75 pontos de valorização.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,71% para o setembro/19, 1,17% no dezembro/19 e 1,15% para o março/20.
Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho subiram moderadamente na terça-feira em algumas compras técnicas, já que traders estão cautelosamente otimistas em relação a uma nova rodada de negociações face-a-face entre os Estados Unidos e a China na próxima semana.
“Esta manhã, o Secretário do USDA Sonny Perdue anunciou que os agricultores qualificados receberão pelo menos US$ 15 por acre como parte de um pacote de ajuda para mitigar as perdas da guerra comercial entre EUA e China. Perdue disse que mais detalhes serão divulgados no final desta semana”, aponta Potter.
O clima nos Estados Unidos centrais parece ter se normalizado e deve continuar relativamente suave esta semana, com máximas diurnas abaixo do normal na maior parte da região. Será difícil de encontrar chuva no Meio-Oeste e nas Planícies nos próximos três dias, de acordo com o mais recente mapa cumulativo de precipitação de 72 horas da NOAA.
“O clima é visto como não ameaçador e as condições das colheitas estão começando a melhorar”, diz Al Kluis da Kluis Advisors.
De acordo com informações da Agência Reuters, o mercado deve seguir sem grandes novidades até o dia 12 de agosto, quando o USDA irá divulgar um novo relatório de oferta e demanda, que irá incluir uma atualização sobre a área cultivada em 13 estados.
“Os mercados estão esperando até lá”, disse Matt Connelly, da Hightower Report.
Mercado Interno
Já no mercado físico brasileiro, a semana começa com as cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única praça que apresentou valorização foi o Oeste da Bahia (0,81% e preço de R$ 31,25).
As desvalorizações foram percebidas em Jataí/GO e Rio Verde/GO (1,79% e preço de R$ 27,50), Cascavel/PR (1,79% e preço de R$ 27,50) e Dourados/MS (3,33% e preço de R$ 29,00).
Para a XP Investimentos, o mercado físico de milho está sob suave baixa. “Ontem, o USDA quebrou a série de 2 semanas de melhora nas lavouras norte-americanas, indicando piora de 1 ponto percentual na semana nas condições. A revisão, porém, foi insuficiente para causar reajustes positivos nos preços externos”.
Os analistas apontam ainda que “de olho lá fora, o fluxo no Brasil segue baixo (apenas entregas das negociações do início da safrinha). O avanço da colheita brasileira, todavia, segue a pleno vapor”.
Notícias Agrícolas – 23/07/2019