Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB de milho fechou a semana em US$ 177,00 e US$ 118,00 respectivamente
As cotações em Chicago recuaram durante a semana, fechando o dia 18/07 (quinta-feira) em US$ 4,24/bushel, contra US$ 4,47 uma semana antes.
O mercado do clima continua sendo o elemento fundamental para Chicago, após o surpreendente relatório de oferta e demanda do USDA. Com isso, são as condições semanais das lavouras que passam a ser essenciais daqui em diante e até o relatório de agosto.
Neste sentido, até o dia 14/07 as condições das lavouras entre boas a excelentes chegaram a 58%, contra uma expectativa de piora entre um e três pontos percentuais. Outras 30% se encontravam em condições regulares, enquanto 12% estavam entre ruins a muito ruins. Ou seja, houve mais um fator de surpresa baixista em Chicago. Dito isso, a polinização do milho está atrasada, pois o plantio igualmente ocorreu com atraso devido ao excesso de chuvas. Assim, até meados de julho apenas 8% da área estava polinizada contra 34% no ano passado. Porém, a fase crítica neste sentido começa a partir deste dia 20/07.
Aquilo que salientamos no comentário passado está se confirmando, com o mercado em dúvida quanto a área concreta semeada com milho nos EUA. Além disso, a situação climática tem gerado também muitas incertezas, pois há muitas variações entre os institutos de meteorologia. O fato é que será a produtividade final do milho que definirá o tamanho da safra naquele país. E esta produtividade estaria um tanto comprometida em comparação as médias históricas.
Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB de milho fechou a semana em US$ 177,00 e US$ 118,00 respectivamente.
E no Brasil, os preços se apresentaram em alta. O balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 31,97/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 37,00 e R$ 38,50/saco. Nas demais praças, os lotes oscilaram entre R$ 25,00 em municípios do Nortão do Mato Grosso, e R$ 39,00 em Concórdia (SC). Já o referencial Campinas ficou igualmente em R$ 39,00/saco no CIF, e os portos de Santos e Paranaguá trabalhando ao redor de R$ 39,00 a R$ 40,00/saco.
Mesmo com o câmbio indicando uma revalorização do Real nas últimas semanas, os exportadores continuam ativos. Já há compromissos de embarque ao redor de 7 milhões de toneladas para julho e 1,3 milhão para agosto. Assim, por enquanto a pressão da entrada da safrinha está sendo absorvida pelo ímpeto exportador, mantendo os preços do cereal elevados. Soma-se a isso as dúvidas quanto a real safra de milho nos EUA, neste momento de definições climáticas por lá.
Assim, o mercado brasileiro de milho continua dependente da exportação, a qual depende da melhoria dos preços externos e do câmbio no país. Uma redução das cotações em Chicago e novas valorizações do Real tendem a esvaziar as exportações, provocando recuo nos preços locais, e vice-versa.
Enfim, a colheita da safrinha, até o dia 12/07, chegava a 48% da área, contra 27% em igual momento do ano passado. Mato Grosso apresentava o maior avanço, com 57%, seguido do Paraná com 51%.
CEEMA / UNIJUI
Agrolink – 22/07/2019