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Tereza Cristina reuniu-se com representantes de Agência de Cooperação Internacional do Japão e federação das indústrias do país
A Jica comprometeu-se em ajudar o Brasil a atrair investimento japoneses para infraestrutura de transporte dos produtos agropecuários (ferrovias, rodovias e aeroportos). Depois, a delegação brasileira reuniu-se com a Federação das Indústrias do Japão (Keidanren).
Aos empresários japoneses, a ministra Tereza Cristina apresentou os setores do agronegócio com interesse em investimentos externos. “Há oportunidades ao longo de todas as cadeias produtivas do agronegócio: insumos, maquinários, produção, processamento, estocagem, distribuição e transporte. O aumento contínuo da produtividade no campo será realizado via implementação de processos inovadores de produção. As principais áreas de inovação que o Brasil busca investimentos externos são: conectividade nas áreas rurais, isso é importantíssimo, agricultura de precisão, rastreabilidade, mecanização agrícola de última geração e automatização”, disse.
A ministra destacou ainda que além de “uma potência agrícola, o Brasil é também uma potência ambiental”. Tereza Cristina citou que 66% do território nacional são cobertos de vegetação nativa e que o Código Florestal determina ao agricultor conservar de 20% a 80% da vegetação nativa, dependendo do bioma. Outra medida destacada pela ministra é a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iPLF), que integra o Programa Agricultura de Baixo Carbono. Em 2016, conforme a ministra, cerca de 12,6 milhões de hectares já adotavam a prática de iPLF.
“O Brasil se soma à comunidade internacional na sua preocupação com os efeitos da mudança do clima na agricultura e na segurança alimentar”, disse.
Tereza Cristina ressaltou ainda as medidas adotadas pelo governo federal para melhoria do ambiente de negócios no país, entre elas a reforma da Previdência e a Medida Provisória da Liberdade Econômica, editada em abril. “Essas medidas devem tornar o Brasil um destino ainda mais atraente para investidores externos”, afirmou.
O embaixador Eduardo Saboia destacou que mais da metade das importações de carne e frango do Japão são provenientes do Brasil, o que atesta a qualidade dos produtos, já que o mercado japonês é considerado um dos mais exigentes do mundo. “Dobrar a qualidade e segurança da produção, melhorar o ambiente de negócios para investidores nacionais e estrangeiros. Em menos de seis meses de atuação, o ministério teve resultados importantes em áreas como agricultura familiar, pesca e ampliação de zonas de febre aftosa sem vacinação”.
Já o presidente da Keidanren, Omae Takao, mencionou o interesse do empresariado japonês na logística de escoamento de grãos e as medidas que estão sendo adotadas no país. A ministra convidou os empresários a visitarem o interior do país em também para conhecerem áreas em que possam investir.
Além da equipe do ministério e diplomatas, a delegação brasileira é composta por representantes de empresas brasileiras e oito deputados federais, entre eles o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Alceu Moreira (MDB-RS).
MAPA
Agrolink – 09/05/2019