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SÃO PAULO (Reuters) – A produção de soja do Brasil na safra 2018/19 deverá cair 8 por centoante a temporada anterior, apesar de bons resultados em algumas regiões de ciclo tardio, enquanto a colheita total de milho tende a apresentar um salto de 15 por cento frente 2017/18, projetou nesta terça-feira a Datagro.
Conforme a consultoria, o país deverá produzir 113 milhões de toneladas de soja neste ano, leve aumento ante os 112,1 milhões previstos anteriormente, mas ainda assim abaixo do recorde de122,3 milhões da safra passada.
A revisão para cima ocorre diante da regularização climática a partir de fevereiro, que beneficiou certas áreas produtoras, explicou o chefe de grãos da Datagro, Flávio França Júnior.
“As lavouras mais tardias estão apresentando resultados melhores que as precoces. Então isso tem até elevado a produtividade”, afirmou ele em teleconferência.
No Rio Grande do Sul, que tradicionalmente colhe mais tarde, a expectativa é de uma safra 4 por cento maior, com 18,3 milhões de toneladas, segundo os dados da Datagro. Com esse volume, o Estado superaria o Paraná como segundo maior produtor brasileiro da oleaginosa, já que os paranaenses foram muito prejudicados pelo tempo quente e seco de dezembro e janeiro e tendem a produzir 16,5 milhões de toneladas, versus 19,65 milhões em 2017/18.
Em meio a uma oferta menor, a Datagro estima que o Brasil exportará em 2018/19 cerca de 68,5 milhões de toneladas de soja, abaixo do recorde de mais de 84 milhões de 2017/18, quando o país foi muito favorecido pela guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Até o momento, 51 por cento da produção de 2018/19 já foi comercializada, abaixo dos 54 por cento de média para o período, segundo França Júnior.
“Temos para a temporada preços próximos da média, mas abaixo de 2018… Para quem está atrasado (nas vendas), tem de entrar aproveitando picos (de preços)”, comentou, destacandoque a última semana, quando o dólar foi a 4 reais, foi um bom momento para negócios.
MILHO
Em relação ao milho, a Datagro prevê que o Brasil produzirá 94,1 milhões de toneladas em 2018/19, bem acima dos 81,8 milhões de 2017/18, quando as lavouras foram muito impactadas por condições climáticas adversas, sobretudo no Paraná.
Para o chefe de grãos da consultoria, dado o plantio da segunda safra, a “safrinha”, dentro deuma janela ideal, “diria que não tem mais como perder” o potencial produtivo no ciclo deste ano.
Conforme a Datagro, o país deverá embarcar em 2019 um total de 32 milhões de toneladas demilho, ante cerca de 25 milhões em 2018.
Ele disse ainda que a comercialização está levemente acima da média para esta época do ano.
“Teremos preços possivelmente abaixo de 2018, por causa de prêmio, câmbio e safra maior, mas acima da média no mercado interno, com possível aumento das exportações”, avaliou França Júnior.
Reuters
Notícias Agrícolas – 02/04/2019