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Os preços internacionais do milho encerraram as atividades nesta quarta-feira (20) apresentando leves altas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram valorizações entre 1 e 1,75 pontos. O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,70, o maio/19 valia US$ 3,79 e o julho/19 era negociado por US$ 3,87.
Conforme apontou o site Barchart, os futuros de milho continuaram a operar sob a pressão do complexo de trigo, mas gerenciaram ganhos fracionários nesta quarta-feira. A força do etanol e um dólar mais fraco também foram favoráveis.
Os dados da EIA serão divulgados na quinta-feira, devido ao feriado de segunda-feira, com dados de esmagamento de grãos de dezembro, atrasados pela paralização do governo americano. A estimativa média de comércio para as previsões de área plantada de milho USDA 2019 no fórum Ag Outlook desta semana é de 91,512 milhões de acres. O APK-Inform da Ucrânia espera que o país exporte 26,2 milhões de toneladas de milho em 18/19, um aumento de 0,45 milhões em relação à estimativa anterior.
De acordo com análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os preços do milho estão mais fortes, se recuperando da quebra de ontem, abaixo da linha de apoio dos mínimos de novembro a fevereiro.
As atenções do mercado seguem voltadas para as nogociações comerciais entre Estados Unidos e China que deve começar nesta quinta-feira na capital americana. Além disso, o USDA convocou sua conferência anual de perspectivas que apresenta atualizações das previsões para as safras de 2019.
“As estimativas da Farm Futures para a área plantada com milho e para os estoques finais em 2019 estão na extremidade inferior das estimativas de comércio. O USDA normalmente atualiza seu palpite na quinta-feira, fornecendo previsões atualizadas de oferta e demanda para sua conferência de perspectivas na sexta-feira”, diz Knorr.
A Agência Reuters também destacou que os futuros de milho permaneceram relativamente estáveis ao longo do dia, com os mercados de grãos observando os desenvolvimentos nas discussões de comércio entre os EUA e a China.
E complementou afirmando que “os contrato de trigo mais ativo negociados com o menor valor de forma contínua desde 12 de julho” pressionaram os mercado para baixo. “Não há demanda para o trigo dos EUA agora, é tão simples”, disse o corretor de commodities Craig Turner, da Daniels Trading.
Mercado Interno:
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, As valorizações apareceram somente nas praças de Alto Garças/MT (3,57% e preços de R$ 29,00), Itiquira/MT (3,57% e preços de R$ 29,00) e Primavera do Leste/MT (3,85% e preços de R$ 27,00). Já a desvalorização este presente apenas em Campinas/SP (1,31% e preços de R$ 36,94).
A XP Investimentos aponta que o mercado físico paulista segue especulado e com pouco negócios consolidados, com a amostra da XP Investimentos registrando, mais uma vez, o maior nível dos últimos 5 meses (R$ 40,98/sc).
O ponto chave ainda é a regionalização dos lotes e, por hora, nem mesmo o início da colheita de milho tem sido suficiente para acalmar os ânimos altistas, visto que este milho (tributado) dificilmente chega as praças paulistas (fretes caros). O vazio de milho “de fora” permite que Intermediários e Silos subam suas pedidas pelos estoques e realizem seus lucros.
Já a Agrifatto Consultoria destaca o último fechamento do CEPEA em patamares mais altos, que oferece fôlego às cotações futuras. A referência da Esalq subiu 1,44% no dia para R$ 41,64/sc. Já os prêmios nos portos brasileiros ficam estáveis no início desta semana, balizados em torno de US$ 0,35/bushel.
O relatório do Imea desta semana destaca a alta de 8,8% dos custos para produção de milho de alta tecnologia no MT, com custo operacional em R$ 2.627,20/ha. As despesas maiores acontecem após elevações do uso e do preço de fertilizantes. Segundo o boletim, a comercialização e a semeadura da safra 2018/19 avançaram no MT na última semana alcançando 46,54% (avanço de 5,88%), e o plantio alcançou 74,20% (na última semana estava em 52,16%).
Notícias Agrícolas – 20/02/2019