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As cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciam a semana apresentando alta nos preços. A segunda-feira (03) registrou índices apontando aumento entre 4,25 e 4,75 pontos por volta das 17h51 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/18 era cotado a US$ 3,71 por bushel e o março/19 trabalhava a 3,82 por bushel.
Apesar de animar o mercado como um todo, a trégua na guerra comercial entre China e Estados Unidos anunciada no final de semana não deve impactar muito para o milho. De acordo com análise da Farm Futures, a China tem reservas massivas que parecem ser ainda maiores do que o estimado anteriormente.
Enquanto isso, lavouras do meio-oeste americano apresentaram aumento no custo de produção na semana passada e a safra de 2018 pode ser menor que a relatada anteriormente. Os agricultores reportaram ao Feedback From the Field este ano com safras de 173,3 bushels por acre, uma queda de 5,6 bpa em relação ao rendimento divulgado pelo USDA em novembro.
Mercado Interno
A segunda-feira operou com os preços do milho estáveis na maioria das praças brasileiras. Segundo levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, apenas as cidades de São Gabriel do Oeste (MS) com aumento de 3,85% e preço de R$ 27,00 e Luís Eduardo Magalhães (BA) com alta de 1,56% com preço de R$ 32,50 registraram valorizações. Por outro lado, apenas a praça de Campo Novo do Parecis (MT) registrou desvalorização de 4,76% ficando com o preço de R$ 20,00.
A consultoria INTL FCStone divulgou nesta segunda que a safra de milho 2018/19 deverá ter o incremento de 14,1% em relação à safra anterior, saltando para 92,2 milhões de toneladas. “No caso da primeira safra de milho 2018/19, houve um leve aumento da estimativa de produção, que ficou em 27,3 milhões de toneladas, uma variação de menos de 200 mil toneladas frente ao mês passado. Em relação ao ciclo passado, esse nível de produção representa um aumento de 1,7%”, explica a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.
Dólar
A moeda americana encerrou a segunda-feira com queda ante ao real de 0,35% e atingiu o valor de 3,8423 reais na venda depois de acumular alta de 3,58% em novembro, terminando o mês a 3,8558 reais.
Da acordo com a Agência Reuters, isso aconteceu sob influência do mercado internacional após os presidentes dos Estados Unidos e da China terem concordado no final de semana em suspender novas tarifas comerciais, e ainda com a disparada do preço do petróleo aliviando a pressão sobre o câmbio. “A trégua de 90 dias no embate comercial Estados Unidos/China dá algum respiro momentâneo aos mercados que esperam que durante esse período as maiores economias do planeta possam enfim encontrar bom termo nas negociações comerciais”, escreveu Alessandro Faganello, operador de câmbio da corretora Advanced.
Notícias Agrícolas- 03/12/2018