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Nesta segunda-feira (29), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam o dia com estabilidade, registrando leves baixas de pouco mais de 0,50 ponto entre as principais posições. O contrato dezembro/18 encerrou o dia com US$ 3,66 e o março/19 com US$ 3,79 por bushel.
Segundo explicaram analistas e consultores internacionais, os preços cederam em função de um movimento técnico de vendas de posições, além de sentir a pressão de um bom avanço da colheita no Meio-Oeste dos Estados Unidos.
A limitação dos preços neste pregão veio também dos números dos embarques semanais de milho dos EUA abaixo das expectativas.
O país embarcou 652,995 mil toneladas de milho, enquanto as projeções dos traders variavam de 790 mil a 1,09 milhão de toneladas. Com esse volume, o acumulado no ano comercial chega a 8.593,857 milhões de toneladas, bem acima do mesmo período do ano passado, quando mais de 5 milhões de toneladas do cereal já estavam embarcadas.
Outro fator de pressão sobre as cotações internacionais foi o dólar mais firme neste início de semana. Não só no Brasil, a moeda americana subiu frente a uma cesta de outras divisas e ajudou a limitar o avanço dos preços internacionais.
Diante do real, o dólar subiu mais de 1,3% para encerrar a segunda-feira com R$ 3,705.
“Não acabou o bom humor (com a vitória de Bolsonaro). Está havendo uma zeragem de posições, uma realização”, disse o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado à Reuters ao explicar a inversão da trajetória do dólar da queda registrada pela manhã para uma alta.
Preços no Brasil
No Brasil, as cotações cederam na bolsa brasileira, a B3. As baixas entre as posições mais negociadas foram de 0,4% a 0,84%, com o novembro fechando em R$ 34,75 por saca, enquanto o março/19 ficou em R$ 35,55.
No interior, o mercado disponível observou baixas de até 5,11%, como foi o caso de Itiquira, em Mato Grosso, onde a saca foi a R$ 22,30. Na praça de Brasília, recuo de 10,77% para R$ 29,00.
Com ritmo lento das exportações brasileiras, o excedente de milho pode ser o maior dos últimos tempos e, mesmo com possível redução na produtividade da segunda safra, a oferta ainda tende a ser maior que a demanda e pressionar os preços, como explica o pesquisador do Cepea, Lucílio Alves.
Notícias Agrícolas – 29/10/2018