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Os preços do milho fecharam o pregão desta quarta-feira (10) em queda na Bolsa de Chicago. As perdas, no entanto, ficaram bem próximas da estabilidade, variando de 1,25 a 1,75 ponto nas posições mais negociadas, com o dezembro/18 valendo US$ 3,62. O contrato março/19 fechou o dia cotado a US$ 3,74.
A pressão continua a vir, no mercado internaiconal, dos ajustes antes do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA(Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chega nesta quinta-feira, 11, e que pode trazer um aumento expressivo da produção e dos estoques norte-americanos.
A produção de milho é esperada para ficar entre 373,4 a 380,23 milhões de toneladas, com média esperada de 377,24 milhões. No reporte anterior, o número ficou em 376,63 milhões de toneladas.
No caso da produtividade, a média das projeções fica em 190,17 sacas por hectare, enquanto os números variam de 188,92 a 191,43 sacas. Em 2017, o rendimento médio ficou em 189,65 sacas por hectare.
Sobre os estoques, os traders esperam algo entre 45,06 e 59,74 milhões de toneladas. Assim, a média de 49,08 milhões é bem maior do que o número de setembro de 45,06 milhões de toneladas.
Além disso, os traders observam e ainda refletem também os últimos números do USDA sobre a evolução da colheita dos EUA na última semana. A colheita foi de 26% a 34% em uma semana. No ano passado, nesse mesmo período, o índice era de 21% e a média para o período era de 26%. O mercado esperava algo próximo de 33%.
Apesar desse bom avanço, as chuvas continuam chegando ainda em volumes expressivos no Corn Belt e chamam a atenção do mercado. E é esse fator, segundo explicam analistas internacionais, que ajuda a dar algum suporte às cotações neste momento em que há pressão das expectativas para o USDA.
As previsões para a próxima semana também começam a sinalizar tempo mais seco para o Meio-Oeste americano e, se confirmando, as condições poderiam permitir uma retomada no ritmo dos trabalhos de campo.
Preços no Brasil
A quarta-feira foi mais um dia de baixas também para os preços do milho no mercado brasileiro. Apesar da alta do dólar de mais de 1% nesta sessão, as cotações recuaram de 0,80 a 1,73% entre os principais vencimentos, com o novembro/18 terminando o dia em R$ 36,85 por saca. O março/19 ficou em R$ 37,95.
Já no mercado físico, as cotações permanecem estáveis em quase todas as principais praças de comercialização do país, com exceção de algumas poucas – como Sorriso/MT, Brasília/DF e Castro/PR – onde os preços também recuaram. As baixas chegaram aos 5%, como foi o caso do município mato-grossense, onde a saca ficou em R$ 19,00.
No porto de Paranaguá, o indicativo agosto/19 – já refernciando a safrinha 2019 – também permaneceu sem alteração e encerrou os negócios com R$ 38,00 por saca.
Nesta quarta, a moeda americana passou por um movimento de correção após duas baixas fortes consecutivas e fechou com alta de 1,42%, valendo R$ 3,7635.
Notícias Agrícolas – 10/10/2018