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Enquanto os seguros de produtividade desestimulam as vendas, os de faturamento prejudicam as seguradoras
Um estudo produzido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), apresentou alguns métodos alternativos para definir o valor dos seguros de produtividade e faturamento agrícola. Segundo o estudo, as taxas mal calculadas podem causar prejuízos para as seguradoras e também desestimular as vendas.
Os dados da pesquisa indicaram que os seguros de produtividade superfaturam as taxas cobradas dos segurados, o que acabam desestimulando as vendas. Já com o seguro de faturamento, as taxas que não são atreladas ao dólar são subestimadas, fazendo com que as seguradoras tenham prejuízo.
De acordo com Gislaine Vieira Duarte, pesquisadora responsável pelo estudo, foram utilizadas distribuições de parâmetros que capturam a simetria, a assimetria e a bimodalidade dos dados vinculados à produtividade da soja no Brasil para descrever o valor do seguro. “Essas distribuições permitem identificar características geralmente encontradas em cultivos brasileiros e que devem ser levadas em consideração para obter um prêmio justo e mais preciso do seguro”, comenta.
Para a pesquisadora, é necessário que se encontre uma distribuição entre a produtividade de soja e preço de mercado da cultura, feita com um método estatístico que calcula função de distribuição conjunta e a estrutura de dependência entre elas. Assim, será possível fazer uma análise dos fatores.
“A análise foi realizada sob dois enfoques: o bidimensional, que leva em consideração as variáveis produtividade de soja e preços futuros da soja negociado em reais”, relata a pesquisadora, “e o tridimensional, que leva em consideração a produtividade de soja, preços futuros (em dólares) e a cotação do dólar”
Agrolink – 18/09/2018