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Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta terça-feira (11) com ligeiras perdas, próximos da estabilidade. As principais posições da commodity finalizaram a sessão com quedas entre 0,25 e 0,75 pontos. O contrato setembro/18 era cotado a US$ 3,55 por bushel, enquanto o dezembro/18 trabalhava a US$ 3,66 por bushel.
De acordo com o presidente do Commodity Risk Management Group, Mike North, “o mercado de hoje é um reflexo do nervosismo do comércio antes do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)”. O relatório será divulgado nesta quarta-feira (12).
A expectativa é que o departamento revise para cima a sua projeção para a safra norte-americana nesta temporada. Em agosto, o número era de 370,51 milhões de toneladas do grão, com produtividade média de 186,62 sacas por hectare.
Inclusive, ainda hoje, o USDA reportou que a colheita do milho chegou a 5% da área plantada no país até o último domingo (9). O índice está em linha com observado no mesmo período do ano anterior e levemente acima da média dos últimos anos, de 3%.
E na contramão do esperado pelos participantes do mercado, o órgão elevou de 67% para 68% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. Cerca de 20% das plantações apresentam condições regulares e 12% estão em situação ruim ou muito ruim.
Ainda nesta terça-feira, o departamento americano ainda reportou a venda de 132 mil toneladas de milho para a Coreia do Sul. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da campanha 2018/19.
Mercado brasileiro
No mercado doméstico, a terça-feira foi de ligeiras movimentações, conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Goiás, as praças de Jataí e Rio Verde, recuaram 3,13%, com a saca do cereal a R$ 31,00.
Já na região de Sorriso (MT), a perda ficou em 2,04%, com a saca do cereal a R$ 24,00. Na localidade de Castro (PR), a saca do milho fechou o dia a R$ 40,00, com perda de 1,23%. No Porto de Paranaguá, o dia foi de estabilidade, com o preço futuro a R$ 43,00 a saca.
Segundo boletim informativo do Cepea, as cotações do cereal apresentam comportamentos diferentes no país. De um lado, no interior de São Paulo, a retração dos compradores, que se mostram abastecidos, ainda pressiona os preços.
“Já nas regiões do Centro-Oeste e Sul do país, os valores estão em alta, influenciados pela posição recuada de vendedores”, reportou o Cepea.
Nesta terça-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a safrinha de milho da temporada 2017/18 em 54,4 milhões de toneladas. O número representa uma queda de quase 20% em comparação com o volume colhido na safra passada, de 67,3 milhões de toneladas.
Notícias Agrícolas – 12/09/2018