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O recuo no percentual de lavouras em boas ou excelentes condições nos Estados Unidos e a perspectiva de uma resolução no impasse comercial entre a nação americana e a China impulsionaram os preços do milho nesta terça-feira (17) na Bolsa de Chicago (CBOT), segundo informações da Reuters internacional. Assim, os preços da commodity consolidaram a segunda alta consecutiva.
As principais posições do cereal ampliaram os ganhos e finalizaram a sessão com altas de mais de 4 pontos, uma valorização de mais de 1%. O contrato setembro/18 era cotado a US$ 3,46 por bushel e o dezembro/18 operava a US$ 3,59 por bushel. O março/19 encerrou o dia a US$ 3,71 por bushel. No final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que 72% das plantações de milho apresentavam boas ou excelentes condições até o último domingo. O número ficou abaixo do registrado na semana anterior, de 75%.
O percentual também ficou abaixo do esperado pelos investidores, de uma redução média de apenas 1%. O departamento ainda ressaltou que 19% das plantações estão em condições regulares e 9% em condições ruins ou muito ruins. Em torno de 63% das plantações estão em fase de embonecamento, frente 37% da semana passada e 37% a média dos últimos cinco anos. As lavouras de milho estão em uma das fases mais importantes para a cultura, a polinização. “As classificações abaixo do esperado, atribuídas ao clima quente e seco, aumentaram preocupações de que os rendimentos estavam em declínio”, destacou a Reuters. “O que estamos dizendo é que a safra não está crescendo”, disse Don Roose, presidente da corretora norte-americana US Commodities. “Está ficando menor agora.”
E o mapas climáticos voltaram a indicar temperaturas mais amenas para o
Meio-Oeste dos EUA no período de 23 a 27 de julho. No mesmo intervalo,
algumas partes do cinturão de produção terão chuvas abaixo da
normalidade, conforme dados do NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do
país.
Paralelamente, os participantes do mercado acompanham as últimas
notícias sobre o impasse entre as duas maiores potências mundiais.
“Traders disseram que as esperanças de uma resolução para a disputa
comercial EUA-China ajudaram apoiar ganhos nos mercados de soja e
milho”, informou a Reuters.
Mercado brasileiro
A terça-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho
praticados no mercado doméstico. De acordo com levantamento realizado
pela equipe do Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), a alta foi de 5,56%,
com a saca a R$ 19,00. Em Rondonópolis (MT), a alta ficou em 3,85%, com
a saca a R$ 27,00.
Na região de Brasília, o preço subiu 3,70% e a saca terminou o dia a R$
28,00. Já no Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em
agosto/18, subiu 1,33% e finalizou a terça-feira a R$ 38,00.
Em contrapartida, em Mato Grosso, os preços recuaram entre 4,55% e 5,00%
nas praças de Tangará da Serra e em Campo Novo do Parecis. Os preços
ficaram entre R$ 21,00 e R$ 19,00 a saca, respectivamente.
“A colheita da safrinha segue me bom ritmo nos estados do Paraná, Mato
Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás devido ao clima mais seco. A colheita
tem confirmado perdas no potencial produtivo em função da seca. Os
números apontam para uma safra entre 55 milhões a 58 milhões de
toneladas, de um potencial esperado próximo de 70 milhões de toneladas.
Somente no ano passado, colhemos mais de 67 milhões de toneladas”,
explica o consultor da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
O consultor ainda reforça que o impasse em relação ao tabelamento do
frete tem inviabilizado as negociações no mercado interno e também nos
portos. A expectativa é que uma nova tabela seja divulgada pela ANTT
(Agência Nacional de Transportes Terrestres) até a próxima sexta-feira
(20). A MP 832 foi aprovada na última semana pela Câmara dos Deputados e
pelo Senado.
Fonte: Notícias Agrícolas