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Em algumas variedades o grau de severidade chegou a 70% , afetando significativamente o potencial produtivo da lavoura
O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) realizou um alerta a respeito de uma nova doença verificada nos milharais do estado. Segundo Adriano de Paiva Custódio, pesquisador do Instituto, este é o primeiro relato oficial da doença no Brasil, que já fora identificada anteriormente em 1949 na África do Sul, em 2016 nos Estados Unidos e em 2017 na Argentina.
Trata-se da estria bacteriana do milho, detectada pela equipe técnica da Copacol em Cafelândia (PR). Causada pela bactéria Xanthomonas vasicola pv. vasculorum, esta é uma doença foliar que reduz a área esteticamente ativa da planta.
Mais de 30 híbridos são suscetíveis à doença, com potencial de severidade acima de 70%. Ainda não existem relatos específicos sobre a relação da severidade com a produtividade, mas em outras doenças, níveis acima de 40% de severidade diminuem a produtividade da lavoura em 50%.
A doença traz também novos desafios para a pesquisa, porque pouco se conhece sobre ela. Sabe-se que a própria semente do milho pode ser uma potencial fonte de dispersão do patógeno, embora isso ainda não esteja confirmado.
A doença forma estrias ao longo das nervuras, deixando nítida a coloração amarelada, de forma que a folha começa a perder seu potencial de produção de fotossíntese.
Na quinta-feira (12), o Iapar irá realizar um debate em sua sede em Londrina (PR) para destacar essa nova enfermidade. A participação é gratuita, mas é preciso confirmar presença pelo e-mail eventos@iapar.br até quarta-feira (11).