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Compradores só aceitam negócios CIF, onde não é necessário contratar frete
Na visão do analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco, a maioria dos produtores de milho está retendo o produto, tentando criar escassez no mercado. Por outro lado, ressalta ele, os compradores só aceitam negócios CIF, onde não é necessário contratar frete, o que dificulta as negociações. “A queda gradual nos preços está fazendo os níveis se aproximarem da exportação, o que poderá dar sustentação nestes níveis e até fortalecê-los um pouco, dependendo do comportamento do dólar e da demanda externa”, explica Pacheco.
Sem Chicago nesta quarta-feira, os indicadores do Cepea ficaram em 35,27/saca, queda de 2,60% no dia e 4,60% no mês na B3 e R$ 35,44/sc em Campinas, queda de 0,5% no dia e 2,77% no mês. “O mercado de milho continua travado, tanto por parte dos vendedores, que não aceitam os novos preços mais baixos, como pelos compradores, que estão usando os seus estoques para aguardar a entrada da próxima safra, com preços menores”, afirma o especialista.
Contudo, aponta o analista, alguns vendedores já decidiram vender milho – geralmente mais perto de casa. Isso acontece, segundo Pacheco, porque não estão conseguindo negociar soja (geralmente para o porto, muito longe, com o problema do frete) para fazer caixa.
B3 SÃO PAULO
As cotações do milho na Bolsa brasileira de mercado futuro, B3, em São Paulo, voltaram a fechar no território positivo, mas em levíssima alta de 0,01% para os meses de setembro e novembro. A cotação de julho, porém, fechou em queda de 0,06%, diante da retração dos preços no mercado físico spot. “As quedas nos preços do mercado físico, principalmente no interior mais remoto do país, estão se aproximando dos preços de exportação e das cotações da B3, o que sinaliza a possibilidade de fazer cobertura no mercado futuro de São Paulo para as operações de exportação de milho a partir de setembro”, finaliza Pacheco.
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