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Exportações da commodity devem atingir 28 milhões de toneladas em 2018
A queda de 19% na produção do milho segunda safra deste ano em relação à safra passada, reduziu as expectativas das exportações do produto para 28 milhões de toneladas, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A menor produção no campo – e, consequentemente, das exportações – é explicada pelo atraso no calendário do plantio, seca prolongada no Mato Grosso do Sul e Paraná, além da redução dos investimentos dos produtores.
Os dados foram divulgados hoje (05), durante o 8º Encontro de Previsão da Safra, organizado pela Anec e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). O evento reuniu cerca de 100 convidados, entre exportadores, traders, empresas de logística e autoridades.
Convidado para apresentar os estudos da segunda safra do milho e do algodão, André Pessoa, CEO da Agroconsult, informou que a produção do milho totalizará 55,2 milhões de toneladas, abaixo dos 57 milhões projetados em maio e inferior também ao recorde de 68,3 milhões em 2017.
Além das projeções do milho, o evento apresentou os dados relativos à cultura do algodão. Segundo a Agroconsult, a safra 2017/2018 teve produção de 1,956 milhão de toneladas de algodão em pluma, com aumento de 24% em relação à safra anterior. No período, as exportações da commodity alcançaram 920 mil toneladas, representando crescimento de 54% comparado com a safra 2016/2017, de acordo com a Anea. “Esperávamos a exportação de 950 mil toneladas, mas a paralisação dos caminhoneiros prejudicou o final dos embarques”, afirma o presidente da entidade.
O dirigente comentou também que a produção de algodão em pluma pode chegar a 2,015 milhões de toneladas na safra 2018/2019, o que se tornaria um recorde histórico para o Brasil. “Caso a previsão seja confirmada, temos a possibilidade de embarcar mais de 1,2 milhão de toneladas na próxima safra. Se concretizada, o país pode se tornar o segundo maior exportador mundial”, explica. Durante o evento, ele salientou que o cenário para a cultura é extremamente promissor. “O desafio é bater o recorde da safra 2011/2012, quando foram exportadas 1,030 milhão de toneladas”, finaliza.
Para o conselheiro e ex-presidente da Anec, Luís Barbieri, o mercado de cereais vive um período de incertezas por conta do impasse da tabela de frete. “A implementação da tabela é um verdadeiro retrocesso para o setor. As empresas associadas da Anec já vislumbram perdas entre 10% e 20% nas receitas deste ano”, revela.
Ainda segundo o representante da associação, esse mercado está praticamente paralisado, uma vez que o setor não está precificando as commodities para 2019. “Para completar esse cenário incerto, os produtores ainda não compraram fertilizantes para o plantio que começa em 90 dias”, afirma.
Outra preocupação do mercado é a disputa comercial entre China e Estados Unidos, segundo Barbieri. “Com a possível taxação da soja norte-americana em 25% pelos chineses, naturalmente o Brasil se torna um candidato a abastecer esse mercado. Isso pode trazer uma complexidade enorme a médio e longo prazos no cenário interno, visto que a produção de biocombustível, óleo de soja, pecuária, entre outras culturas, podem ser prejudicadas”, conclui.
Fonte: Anec