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Lavouras ficaram 45 dias sem chuvas na região e muitos produtores acionaram o seguro agrícola. Saca do cereal é cotada a R$ 27,50, mas negócios são lentos. Impasse no tabelamento do frete deixou a comercialização lenta. Muita soja precisa ser escoada na região para liberar espaço nos armazéns para o milho safrinha. Na região, entrega dos fertilizantes está atrasada. Na região de Laguna Carapã/MS, os produtores rurais estão se preparando para iniciar a colheita do milho safrinha. Nesta temporada, as perdas por conta da estiagem podem chegar a 50%, sendo que a localidade ficou mais de 45 dias sem receber chuvas significativas.
Segundo o Técnico Agrícola da Casa da Lavoura Dourados, Antônio Rodrigues Neto, em áreas de terras úmidas a expectativa é que tenha uma quebra de 20% em produtividade. “Os produtores estão muito preocupados e só na hora da colheita vamos ter a dimensão da quantidade e qualidade do grão”, afirma. Diante desse cenário, os agricultores do município acionaram os seguros agrícolas dessas áreas que foram prejudicadas. “Inclusive, uma equipe de campo está avaliando os prejuízos e algumas das lavouras de milho ficaram acamadas por conta dá má formação da raiz”, destaca.
Em anos em que o clima contribui, a média de produtividade fica próxima de 90 sacas do grão por hectare. Já nesta safra, a expectativa está em torno de 50 a 60 sacas por hectare. “Ainda não começamos a colheita, mas dificilmente vamos chegar ao mesmo nível da temporada anterior”, comenta. Em relação à armazenagem, muita soja que está estocada ainda precisa ser escoada para liberar espaço para o milho. “Os produtores e os vendedores estão receosos para fechar novos contratos, pois não sabem aonde acorda vai estourar”, ressalta. Na região, a entrega de fertilizantes também está atrasada e pode comprometer a safra 2018/19. “Eu acredito que na nossa região o produto vai chegar a tempo, mas vai atrasar um pouco o inicio da próxima temporada”, diz.
Comercialização
Atualmente, as referências para o milho giram por volta de R$ 27,50 a saca, mas as negociações ainda seguem em ritmo lento. “A questão de transportes acabou afetando a comercialização da safra, e ainda, não sabemos se esse impasse vai afetar ainda mais o setor”, finaliza.
Fonte: Notícias Agrícolas