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Lavouras sofreram com a ausência de chuvas ao longo do ciclo da cultura. Preços recuaram e giram em torno de R$ 27,00 a R$ 28,00 a saca. Negócios permanecem lentos no estado devido ao impasse do tabelamento do frete. Soja ainda precisa ser escoada para liberar espaço nos armazéns. Entrega dos fertilizantes está atrasada em MS.
No estado do Mato Grosso do Sul, os produtores rurais iniciaram a colheita do milho safrinha e a estimativa é que quebra de produtividade de 25% nesta temporada. Isso por que, as lavouras ficaram prejudicadas com a ausência de chuvas durante o desenvolvimento das plantas.
De acordo com o Presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), Juliano Schmaedecke, 3% das áreas cultivadas com a cultura já foi colhida, em que a média de produtividade é satisfatória ao produtor em determinadas localidades. “Esses primeiros números são bons, pois foi o milho que não enfrentou a estiagem que as outras áreas pegaram”, afirma.
Os produtores rurais também enfrentam problemas para armazenar a produção de milho colhida, pois a safra da soja ainda preciso ser ecoada para liberar espaços nos armazéns. “Tem muita soja não mão dos agricultores e aos poucos os negócios estão sendo feitos”, diz.
Com o impasse no tabelamento de preços mínimos para os fretes, os produtores não realizaram novas negociações no estado. “Os agricultores travaram muito milho futuro quando as cotações estavam entre R$ 22,00 a R$ 25,00 a saca”, comenta.
Atualmente, as referências recuaram para o milho e estão próximas de R$ 27,00 a R$ 28,00 a saca. Segundo a liderança, o tabelamento dos fretes tem contribuído para a queda nas cotações do cereal. “Alguns fretes estavam precificados muito próximos a tabela, já para os fretes que chegam aos portos acima dos 1.200 km estão muito fora dos valores impostos pela a tabela”, ressalta.
Outro fator que causa preocupação aos agricultores é o atraso na entrega dos fertilizantes, mas a expectativa é que até o mês de agosto essa situação estará normalizada. “Vai dar tempo, pois ainda temos condições de organizar tudo isso. Eu acredito que é preciso ter um livre mercado e que o governo não tem que interferir no tabelamento dos fretes”, finaliza.
Fonte: Notícias Agrícolas