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Em relação ao recorde de 63,5 milhões de toneladas do ano passado, a redução é de 16 por cento
A produção de milho na segunda safra do centro-sul do Brasil, a principal colheita do cereal do país, foi projetada nesta segunda-feira em 53,3 milhões de toneladas pela AgRural, o que significa uma redução de quase 7 por cento na comparação com a estimativa realizada no início do mês consultoria, devido aos efeitos da seca. “Apesar das chuvas registradas na segunda quinzena de maio em importantes áreas produtoras, a AgRural fez mais um corte na estimativa de produção de milho na safrinha 2018”, destacou a consultoria em nota, destacando que já havia reduzido em 2,7 milhões de toneladas a projeção na comparação com o número de abril.
Assim, em relação ao recorde de 63,5 milhões de toneladas do ano passado, a redução é de 16 por cento. A produtividade da região é estimada em 85,9 sacas por hectare, ante 92,2 sacas na estimativa anterior e 96,9 sacas em 2017. As maiores reduções no rendimento esperado das lavouras foram feitas no Paraná (-14,9 por cento em relação ao início de maio), Mato Grosso do Sul (-14,6 por cento) e São Paulo (-14,3 por cento). Também houve cortes em Minas Gerais (-10,6 por cento) e Goiás (-6,7 por cento). “As chuvas registradas na segunda quinzena de maio colocaram freio às perdas em algumas áreas, mas não reverteram o prejuízo das lavouras que polinizaram com pouca umidade”, acrescentou. Em Mato Grosso, maior produtor brasileiro, a produtividade foi mantida nas mesmas 98,9 sacas por hectare do início do mês.
Combinando as 53,3 milhões de toneladas calculadas pela AgRural para o centro-sul ao número da Conab para o Norte/Nordeste, a produção da safrinha 2018 do Brasil é estimada agora em 57 milhões de toneladas, com queda de 15,4 por cento na comparação com os 67,4 milhões de toneladas da safrinha 2017. Com a redução na estimativa da segunda safra, a produção total do Brasil deverá somar 83,7 milhões de toneladas, queda de quase 15 por cento na comparação com a temporada passada, o que tem impactado no preço do cereal do país. A AgRural disse que fará uma nova revisão da estimativa para o centro-sul na virada de junho para julho.
Fonte: REUTERS