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Comercializado nada além do que 5,91% do proposto na oferta inicial
Foi um fracasso o leilão de milho realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizado nesta terça-feira (08.05) em duas praças no Brasil. Das mais de 186 mil toneladas ofertadas, foram negociadas pouco menos de 11 mil toneladas, de acordo com relatório da própria entidade.
Isso significa que foi comercializado nada além do que 5,91% do proposto na oferta inicial. “Não houve muito interesse por parte dos compradores em adquirir milho ofertado pelo governo no leilão desta terça-feira, como se pode ver pelo total ofertado e o total negociado. Não suscitou interesse de quem deveria, que são os compradores, fábricas de ração e produtores de carne (frango, suínos e bovinos). Devem ter achado os preços oferecidos muito caros”, comenta o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco.
FUNDAMENTOS
Grande produtor e grande consumidor de milho (porque também grande produtor de carnes), o Paraná é um estado importante no abastecimento de milho do país. De acordo com a T&F, nesta safra deixaram de ser plantados 265 mil hectares de milho safrinha no estado, uma redução de 11% na área. Como o rendimento deverá melhorar 3% (se a falta de chuvas e as geadas não modificarem esta previsão), a produção deverá cair 8%, de 13,30 MR de tons para 12,24MT.
Segundo os mapas climáticos analisados pela Consultoria AgResource, é projetado a confirmação da chegada de chuvas sobre o Sul do Brasil na segunda quinzena de maio: “Índices pluviométricos de até 45mm são previstos para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, sul do Mato Grosso do Sul e sul de São Paulo, entre 18 e 23 de maio. Nas áreas ao norte desta região, as precipitações caem dramaticamente, com totais que não deverão ultrapassar os 15mm acumulados para o mesmo período. No geral, a região do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul, que sofrem intensamente com a seca estabelecida desde o começo de abril, poderá apresentar limitada recuperação da safra, porém perdas já são contabilizadas e algumas são irreversíveis. Para Goiás e Minas Gerais, os solos seguem secos sem previsões de chuvas generalizadas. Regiões focais poderão ser regadas nos próximos 15 dias”.
Fonte: AGROLINK