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Lavouras estão sem chuvas há mais de 15 dias e plantas apresentam requeima das folhas. Cerca de 50% das plantações está em fase de pendoamento. Previsão climática só indica chuva significativa para a região em 11 de maio. Com plantio fora da janela, ataque da lagarta do cartucho e percevejo e intempéries climáticas, perspectiva é de queda na produtividade nesta safra.
Na região de Assis Chateaubriand/PR, os produtores rurais estão preocupados com as lavouras destinadas ao milho safrinha, tendo em vista que já tem perdas significativas por conta da estiagem. Diante desse cenário, a localidade está há mais de 15 dias sem chuvas generalizadas.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Valdemar Melato, o milho está em um estágio de desenvolvimento critico, na qual 50% das lavouras estão em fase de pendoamento e outros 30 % em estágio de boneca, em que necessita de muita chuva. “Já está havendo quebra da safra e as previsões futuras não são muito boas. Sendo que não há indicativo de precipitações para este mês de abril”, afirma.
Contudo, as previsões climáticas indicam precipitações expressivas na região a partir do dia 1 de maio, porém não há umidade no solo. “Em áreas de terra arenosa a situação é mais complicada, pois a retenção de água no solo é menor do que na terra roxa, como aqui em Assis”, explica.
Em relação à produtividade, a expectativa é que nesta temporada o rendimento fique abaixo da média. “Se não chover, vai ter baixa polinização e também vai ter grãos menores devido a falta de água. Sem contar que está havendo a requeima e o rendimento será menor nesta temporada”, destaca.
Nesta temporada, os agricultores tiveram problemas com a incidência de ataques da lagarta do cartucho e percevejos que também pode contribuir para a quebra na safrinha do milho. “Teve lavouras que o produtor preciso aplicar cinco vezes os fungicidas para combater o percevejo, mas mesmo assim afetou as áreas. Além disso, a lagarta do cartucho não tem nenhum produto eficiente”, ressalta.
No entanto, cerca de 90% dos produtores da região possuem seguro das lavouras devido aos riscos climáticas serem maiores no município.
Comercialização
Na localidade, as referências para o cereal giram em torno de R$ 30,00 a saca. A liderança ainda reforça que na região os produtores não fazem negócios antecipados, pois tem medo de não conseguir cumprir. “Como a produtividade vai ser menor, mesmo com o preço razoável vai empatar com os custos de produção e o produtor não vai ter margens de lucro”, ressalta.