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A cada ano, a ciência melhora as variedades para que se adaptem às diferentes caraterísticas do país
O milho é a segunda cultura mais produzida no Brasil, atrás apenas da soja. De acordo com o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2017/18, divulgado em fevereiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção do milho segunda safra deva alcançar 63,3 milhões de toneladas. Usado em larga escala em praticamente todas as regiões do país para alimentação humana e animal, o cereal tem se adaptado para encarar diferentes climas, solos, altitudes, entre outras características do gigante continental. A cada ano, a ciência melhora as variedades para que se adaptem às diferentes caraterísticas do país, do frio do Sul ao Semiárido nordestino, passando pelo clima Tropical do Centro-Oeste e parte do Nordeste.
Hoje existem híbridos destinados a diferentes desafios, como falta de água, redução do tempo da janela de plantio por conta do clima desfavorável, uso para silagem, para a produção de milho verde, para climas mais frios, para altitudes mais baixas ou altas. O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, João Guimarães, explica que os pesquisadores levam anos para produzir os materiais adaptados a cada região do país. “Temos milho, por exemplo, mais indicado para o Sul, outros híbridos para a região de Goiás, Minas Gerais. Mato Grosso, outros indicados para o Nordeste. O que se leva em consideração para produzir um híbrido, seja simples, duplo ou triplo, são as características da região. A gente leva em consideração essas características, como altitude, clima, insolação – coisas que interferem muito na produtividade – para criar um novo material genético. Depois disso, levamos até a região e vamos testar exaustivamente até que tenhamos certeza de que aquele milho é um bom negócio para o produtor daquela região”, aponta Guimarães.
Para a região Sul existem diversas cultivares indicadas, além daquelas adaptadas a todas as regiões do Brasil, que também são objeto importante de estudo das empresas públicas e privadas de pesquisa. O milho ganha os campos do Sul geralmente na segunda safra, mas precisa ser colhido o quanto antes para evitar as geadas comuns no início do inverno. Por isso, entende, geralmente escolhem variedades precoces ou superprecoces. Além disso, o calendário do milho é íntimo à safra de soja, tida como a mais lucrativa.
Geralmente são cultivares de alta produtividade, destinados à produção de grãos ou silagem para alimentação animal, que exigem investimento mais robusto dos produtores rurais. Para áreas de menor altitude, como o Oeste do Paraná, há uma variedade, conforme a Embrapa, de híbrido duplo, de ciclo superprecoce, porte baixo e bom empalhamento. “Apresenta arquitetura moderna de planta e bom potencial produtivo, adapta-se a regiões tropicais baixas, com altitudes inferiores a 700 metros, e seus grãos secam mais rápido no campo. Apresenta resistência ao acamamento e ao quebramento, com produtividade média de sete mil kg/hectare”. É um híbrido bastante competitivo para os plantios na safrinha, sugere a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Outros híbridos recomendados para a região têm produtividade ainda maior, próximo ou acima dos oito mil quilos por hectare. Um deles, recomendado também para cultivos em áreas de médio e alto investimento, em condições de safra e de safrinha, não tem restrições de altitude, apresenta potencial produtivo médio de 7,9 mil kg/ha, estabilidade de produção, resistência ao acamamento e ao quebramento e é indicado para produção de alimentação animal. “Para produção de silagem, apresenta plantas de porte alto com ótima produção de massa e excelente digestibilidade de matéria-seca”.
Solo de baixa fertilidade
Mesmo em solos de baixa fertilidade natural, há a cultivar com excelente adaptação. A cultivar criada pela Embrapa é para atender agricultores que têm problemas com o estresse no solo relacionados ao nitrogênio, que é o nutriente mais requerido, que mais limita a produtividade e que mais onera a cultura. O material “apresenta alto potencial produtivo e eficiência no uso do nitrogênio”. Entre suas características, tem ciclo de 130 dias, altura de planta 2,20 metros, altura de inserção de espiga de 1,20 metro, produtividade média em ambiente sem estresse ao nitrogênio de 7,5 mil kg/ha. Característica especial: Excelente adaptação a solos de baixa fertilidade natural.
Centro-Oeste
Guimarães explica que para o Centro-Oeste, que inclui os estados de Mato Grosso – maior produtor nacional -, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal, é indicada uma cultivar de milho do tipo híbrido duplo, de ciclo precoce, que tem alto potencial produtivo, excelente tolerância ao acamamento e ao quebramento, tem resistência à Ferrugem Polissora, Cercospora e à Mancha Branca. Recomendado para cultivos em safra e safrinha, é adequado para a agricultura de baixo investimento.
Semiárido
Com menor produtividade, o Semiárido nordestino, que vai desde o Norte de Minas Gerais até o Ceará, tem à disposição o Caatingueiro, uma variedade de milho superprecoce, que floresce entre 41 e 50 dias, apresenta como vantagens a diminuição do risco de sofrer com estresse de umidade no período que o milho é mais sensível à falta de água. Esta superprecocidade permite a colheita em 90 a 100 dias com tetos de produtividade, na região mais seca do semiárido, que variam de 2 a 3 toneladas de grãos por hectare. Sob condições mais regulares de precipitação podem ser obtidas produções que variam de 4 a 6 toneladas de grãos por hectare. Adapta-se às regiões do Nordeste brasileiro com foco direcionado para a região semiárida.
Outras variedades estão sendo desenvolvidas de olho na região do Matopiba, que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a nova fronteira agrícola brasileira. Essa região fica no Centro-Oeste, próximo ao Semiárido nordestino. “Para o Nordeste, temos também o BRS Gurutuba, um milho ciclo precoce. A ideia é que a gente possa errar menos e evitar o veranico mais frequente naquela região”, amplia o pesquisador João Guimarães.
Pouca Chuva
Se chive pouco, há opção de milho que é mais tolerante ao estresse hídrico. De acordo com a Embrapa, há uma cultivar “recomendada para regiões onde o período chuvoso pode não ser longo o suficiente para que as cultivares de ciclo precoce completem seu ciclo reprodutivo sem redução do potencial produtivo”. Essa cultivar alcança o florescimento em 45 dias e a maturação fisiológica aos 100 dias, recomendado para cultivos preferencialmente nas regiões onde o período chuvoso seja curto para o desenvolvimento das cultivares de ciclo mais longo, podendo também ser uma opção para regiões de grande potencial agrícola visando atender as exigências do zoneamento agrícola de risco climático em plantios tardios.
Para o Brasil
Há também aquelas cultivares que são adaptadas a todas as regiões brasileiras, porém não possuem as mais altas produtividades, já que não levam em conta características específicas de determinada região. Um exemplo é uma cultivar de milho da Embrapa do tipo variedade de qualidade protéica melhorada. Ela apresenta ciclo precoce, de 130 dias, e é recomendada para o preparo de alimentos mais nutritivos e rações mais baratas para animais monogástricos, como suínos, aves e peixes. A proteína de alto valor biológico o torna uma excelente opção para a nutrição humana e animal.
O milho é a segunda cultura mais produzida no Brasil, atrás apenas da soja. De acordo com o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2017/18, divulgado em fevereiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção do milho segunda safra deva alcançar 63,3 milhões de toneladas. Usado em larga escala em praticamente todas as regiões do país para alimentação humana e animal, o cereal tem se adaptado para encarar diferentes climas, solos, altitudes, entre outras características do gigante continental. A cada ano, a ciência melhora as variedades para que se adaptem às diferentes caraterísticas do país, do frio do Sul ao Semiárido nordestino, passando pelo clima Tropical do Centro-Oeste e parte do Nordeste.
Hoje existem híbridos destinados a diferentes desafios, como falta de água, redução do tempo da janela de plantio por conta do clima desfavorável, uso para silagem, para a produção de milho verde, para climas mais frios, para altitudes mais baixas ou altas. O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, João Guimarães, explica que os pesquisadores levam anos para produzir os materiais adaptados a cada região do país. “Temos milho, por exemplo, mais indicado para o Sul, outros híbridos para a região de Goiás, Minas Gerais. Mato Grosso, outros indicados para o Nordeste. O que se leva em consideração para produzir um híbrido, seja simples, duplo ou triplo, são as características da região. A gente leva em consideração essas características, como altitude, clima, insolação – coisas que interferem muito na produtividade – para criar um novo material genético. Depois disso, levamos até a região e vamos testar exaustivamente até que tenhamos certeza de que aquele milho é um bom negócio para o produtor daquela região”, aponta Guimarães.
Para a região Sul existem diversas cultivares indicadas, além daquelas adaptadas a todas as regiões do Brasil, que também são objeto importante de estudo das empresas públicas e privadas de pesquisa. O milho ganha os campos do Sul geralmente na segunda safra, mas precisa ser colhido o quanto antes para evitar as geadas comuns no início do inverno. Por isso, entende, geralmente escolhem variedades precoces ou superprecoces. Além disso, o calendário do milho é íntimo à safra de soja, tida como a mais lucrativa.
Geralmente são cultivares de alta produtividade, destinados à produção de grãos ou silagem para alimentação animal, que exigem investimento mais robusto dos produtores rurais. Para áreas de menor altitude, como o Oeste do Paraná, há uma variedade, conforme a Embrapa, de híbrido duplo, de ciclo superprecoce, porte baixo e bom empalhamento. “Apresenta arquitetura moderna de planta e bom potencial produtivo, adapta-se a regiões tropicais baixas, com altitudes inferiores a 700 metros, e seus grãos secam mais rápido no campo. Apresenta resistência ao acamamento e ao quebramento, com produtividade média de sete mil kg/hectare”. É um híbrido bastante competitivo para os plantios na safrinha, sugere a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Outros híbridos recomendados para a região têm produtividade ainda maior, próximo ou acima dos oito mil quilos por hectare. Um deles, recomendado também para cultivos em áreas de médio e alto investimento, em condições de safra e de safrinha, não tem restrições de altitude, apresenta potencial produtivo médio de 7,9 mil kg/ha, estabilidade de produção, resistência ao acamamento e ao quebramento e é indicado para produção de alimentação animal. “Para produção de silagem, apresenta plantas de porte alto com ótima produção de massa e excelente digestibilidade de matéria-seca”.
Solo de baixa fertilidade
Mesmo em solos de baixa fertilidade natural, há a cultivar com excelente adaptação. A cultivar criada pela Embrapa é para atender agricultores que têm problemas com o estresse no solo relacionados ao nitrogênio, que é o nutriente mais requerido, que mais limita a produtividade e que mais onera a cultura. O material “apresenta alto potencial produtivo e eficiência no uso do nitrogênio”. Entre suas características, tem ciclo de 130 dias, altura de planta 2,20 metros, altura de inserção de espiga de 1,20 metro, produtividade média em ambiente sem estresse ao nitrogênio de 7,5 mil kg/ha. Característica especial: Excelente adaptação a solos de baixa fertilidade natural.
Centro-Oeste
Guimarães explica que para o Centro-Oeste, que inclui os estados de Mato Grosso – maior produtor nacional -, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal, é indicada uma cultivar de milho do tipo híbrido duplo, de ciclo precoce, que tem alto potencial produtivo, excelente tolerância ao acamamento e ao quebramento, tem resistência à Ferrugem Polissora, Cercospora e à Mancha Branca. Recomendado para cultivos em safra e safrinha, é adequado para a agricultura de baixo investimento.
Semiárido
Com menor produtividade, o Semiárido nordestino, que vai desde o Norte de Minas Gerais até o Ceará, tem à disposição o Caatingueiro, uma variedade de milho superprecoce, que floresce entre 41 e 50 dias, apresenta como vantagens a diminuição do risco de sofrer com estresse de umidade no período que o milho é mais sensível à falta de água. Esta superprecocidade permite a colheita em 90 a 100 dias com tetos de produtividade, na região mais seca do semiárido, que variam de 2 a 3 toneladas de grãos por hectare. Sob condições mais regulares de precipitação podem ser obtidas produções que variam de 4 a 6 toneladas de grãos por hectare. Adapta-se às regiões do Nordeste brasileiro com foco direcionado para a região semiárida.
Outras variedades estão sendo desenvolvidas de olho na região do Matopiba, que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a nova fronteira agrícola brasileira. Essa região fica no Centro-Oeste, próximo ao Semiárido nordestino. “Para o Nordeste, temos também o BRS Gurutuba, um milho ciclo precoce. A ideia é que a gente possa errar menos e evitar o veranico mais frequente naquela região”, amplia o pesquisador João Guimarães.
Pouca Chuva
Se chive pouco, há opção de milho que é mais tolerante ao estresse hídrico. De acordo com a Embrapa, há uma cultivar “recomendada para regiões onde o período chuvoso pode não ser longo o suficiente para que as cultivares de ciclo precoce completem seu ciclo reprodutivo sem redução do potencial produtivo”. Essa cultivar alcança o florescimento em 45 dias e a maturação fisiológica aos 100 dias, recomendado para cultivos preferencialmente nas regiões onde o período chuvoso seja curto para o desenvolvimento das cultivares de ciclo mais longo, podendo também ser uma opção para regiões de grande potencial agrícola visando atender as exigências do zoneamento agrícola de risco climático em plantios tardios.
Para o Brasil
Há também aquelas cultivares que são adaptadas a todas as regiões brasileiras, porém não possuem as mais altas produtividades, já que não levam em conta características específicas de determinada região. Um exemplo é uma cultivar de milho da Embrapa do tipo variedade de qualidade protéica melhorada. Ela apresenta ciclo precoce, de 130 dias, e é recomendada para o preparo de alimentos mais nutritivos e rações mais baratas para animais monogástricos, como suínos, aves e peixes. A proteína de alto valor biológico o torna uma excelente opção para a nutrição humana e animal.
O milho é a segunda cultura mais produzida no Brasil, atrás apenas da soja. De acordo com o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2017/18, divulgado em fevereiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção do milho segunda safra deva alcançar 63,3 milhões de toneladas. Usado em larga escala em praticamente todas as regiões do país para alimentação humana e animal, o cereal tem se adaptado para encarar diferentes climas, solos, altitudes, entre outras características do gigante continental. A cada ano, a ciência melhora as variedades para que se adaptem às diferentes caraterísticas do país, do frio do Sul ao Semiárido nordestino, passando pelo clima Tropical do Centro-Oeste e parte do Nordeste.
Hoje existem híbridos destinados a diferentes desafios, como falta de água, redução do tempo da janela de plantio por conta do clima desfavorável, uso para silagem, para a produção de milho verde, para climas mais frios, para altitudes mais baixas ou altas. O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, João Guimarães, explica que os pesquisadores levam anos para produzir os materiais adaptados a cada região do país. “Temos milho, por exemplo, mais indicado para o Sul, outros híbridos para a região de Goiás, Minas Gerais. Mato Grosso, outros indicados para o Nordeste. O que se leva em consideração para produzir um híbrido, seja simples, duplo ou triplo, são as características da região. A gente leva em consideração essas características, como altitude, clima, insolação – coisas que interferem muito na produtividade – para criar um novo material genético. Depois disso, levamos até a região e vamos testar exaustivamente até que tenhamos certeza de que aquele milho é um bom negócio para o produtor daquela região”, aponta Guimarães.
Para a região Sul existem diversas cultivares indicadas, além daquelas adaptadas a todas as regiões do Brasil, que também são objeto importante de estudo das empresas públicas e privadas de pesquisa. O milho ganha os campos do Sul geralmente na segunda safra, mas precisa ser colhido o quanto antes para evitar as geadas comuns no início do inverno. Por isso, entende, geralmente escolhem variedades precoces ou superprecoces. Além disso, o calendário do milho é íntimo à safra de soja, tida como a mais lucrativa.
Geralmente são cultivares de alta produtividade, destinados à produção de grãos ou silagem para alimentação animal, que exigem investimento mais robusto dos produtores rurais. Para áreas de menor altitude, como o Oeste do Paraná, há uma variedade, conforme a Embrapa, de híbrido duplo, de ciclo superprecoce, porte baixo e bom empalhamento. “Apresenta arquitetura moderna de planta e bom potencial produtivo, adapta-se a regiões tropicais baixas, com altitudes inferiores a 700 metros, e seus grãos secam mais rápido no campo. Apresenta resistência ao acamamento e ao quebramento, com produtividade média de sete mil kg/hectare”. É um híbrido bastante competitivo para os plantios na safrinha, sugere a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Outros híbridos recomendados para a região têm produtividade ainda maior, próximo ou acima dos oito mil quilos por hectare. Um deles, recomendado também para cultivos em áreas de médio e alto investimento, em condições de safra e de safrinha, não tem restrições de altitude, apresenta potencial produtivo médio de 7,9 mil kg/ha, estabilidade de produção, resistência ao acamamento e ao quebramento e é indicado para produção de alimentação animal. “Para produção de silagem, apresenta plantas de porte alto com ótima produção de massa e excelente digestibilidade de matéria-seca”.
Solo de baixa fertilidade
Mesmo em solos de baixa fertilidade natural, há a cultivar com excelente adaptação. A cultivar criada pela Embrapa é para atender agricultores que têm problemas com o estresse no solo relacionados ao nitrogênio, que é o nutriente mais requerido, que mais limita a produtividade e que mais onera a cultura. O material “apresenta alto potencial produtivo e eficiência no uso do nitrogênio”. Entre suas características, tem ciclo de 130 dias, altura de planta 2,20 metros, altura de inserção de espiga de 1,20 metro, produtividade média em ambiente sem estresse ao nitrogênio de 7,5 mil kg/ha. Característica especial: Excelente adaptação a solos de baixa fertilidade natural.
Centro-Oeste
Guimarães explica que para o Centro-Oeste, que inclui os estados de Mato Grosso – maior produtor nacional -, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal, é indicada uma cultivar de milho do tipo híbrido duplo, de ciclo precoce, que tem alto potencial produtivo, excelente tolerância ao acamamento e ao quebramento, tem resistência à Ferrugem Polissora, Cercospora e à Mancha Branca. Recomendado para cultivos em safra e safrinha, é adequado para a agricultura de baixo investimento.
Semiárido
Com menor produtividade, o Semiárido nordestino, que vai desde o Norte de Minas Gerais até o Ceará, tem à disposição o Caatingueiro, uma variedade de milho superprecoce, que floresce entre 41 e 50 dias, apresenta como vantagens a diminuição do risco de sofrer com estresse de umidade no período que o milho é mais sensível à falta de água. Esta superprecocidade permite a colheita em 90 a 100 dias com tetos de produtividade, na região mais seca do semiárido, que variam de 2 a 3 toneladas de grãos por hectare. Sob condições mais regulares de precipitação podem ser obtidas produções que variam de 4 a 6 toneladas de grãos por hectare. Adapta-se às regiões do Nordeste brasileiro com foco direcionado para a região semiárida.
Outras variedades estão sendo desenvolvidas de olho na região do Matopiba, que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a nova fronteira agrícola brasileira. Essa região fica no Centro-Oeste, próximo ao Semiárido nordestino. “Para o Nordeste, temos também o BRS Gurutuba, um milho ciclo precoce. A ideia é que a gente possa errar menos e evitar o veranico mais frequente naquela região”, amplia o pesquisador João Guimarães.
Pouca Chuva
Se chive pouco, há opção de milho que é mais tolerante ao estresse hídrico. De acordo com a Embrapa, há uma cultivar “recomendada para regiões onde o período chuvoso pode não ser longo o suficiente para que as cultivares de ciclo precoce completem seu ciclo reprodutivo sem redução do potencial produtivo”. Essa cultivar alcança o florescimento em 45 dias e a maturação fisiológica aos 100 dias, recomendado para cultivos preferencialmente nas regiões onde o período chuvoso seja curto para o desenvolvimento das cultivares de ciclo mais longo, podendo também ser uma opção para regiões de grande potencial agrícola visando atender as exigências do zoneamento agrícola de risco climático em plantios tardios.
Para o Brasil
Há também aquelas cultivares que são adaptadas a todas as regiões brasileiras, porém não possuem as mais altas produtividades, já que não levam em conta características específicas de determinada região. Um exemplo é uma cultivar de milho da Embrapa do tipo variedade de qualidade protéica melhorada. Ela apresenta ciclo precoce, de 130 dias, e é recomendada para o preparo de alimentos mais nutritivos e rações mais baratas para animais monogástricos, como suínos, aves e peixes. A proteína de alto valor biológico o torna uma excelente opção para a nutrição humana e animal.
Fonte: O Presente Rural
Foto: Giuliano De Lucca – OP Rural