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Finalização da colheita da safra de verão, leilões do Governo e perspectiva de redução no consumo podem pesar sobre os preços do cereal no mercado doméstico. Por outro lado, câmbio, safra americana e desenvolvimento da safrinha brasileira ainda podem resultar em oportunidades aos produtores rurais. Nesta segunda-feira (9), Roberto Carlos Rafael, analista de mercado da Germinar Corretora, conversou com o Notícias Agrícola a respeito do mercado de milho, que alcançou altos preços no mercado interno em plena colheita da safra de verão.
Contudo, a colheita de soja é prioritária neste momento, de forma que muitos se voltaram para a oleaginosa. No milho, o mercado ficou dependente da colheita local e, para Rafael, “subiu mais do que deveria”, principalmente no estado de São Paulo – fator que depois foi replicado para outras praças. Depois do Carnaval, o mercado ficou firme e, agora, trabalha em movimento lateral, sem direção definida até o momento. Fatores externos, como a área a ser plantada nos Estados Unidos e a redução dos estoques também foram refletidos a partir da Bolsa de Chicago (CBOT), que trabalha por volta de US$4/bushel em pleno início de plantio de safra norte-americana.
No Brasil, os produtores trabalham com uma oferta enxuta e, agora, devem analisar se os preços do milho podem melhorar ou trazer uma retração. Com os estoques do governo em vistas de serem leiloados, abre-se uma expectativa de nova oferta no mercado. Rafael acredita que os preços são remuneradores para os produtores que estão colhendo agora a safra de verão. Assim, deve-se avaliar a situação para aproveitar possíveis oportunidades, bem como manter atenção em relação aos leilões do governo e a expectativa de que um excedente da safra passada possa entrar no jogo a qualquer momento. Uma atenção também deve ser mantida à guerra comercial entre China e Estados Unidos, já que estes fatores podem mexer com a produção a nível mundial.
Fonte: Notícias Agrícolas