Milho teve março ainda de preços firmes, mas mercado perde terreno

O mercado brasileiro de milho teve um mês de março de preços firmes. Na primeira metade do mês, o mercado encontrou melhor sustentação e teve bons avanços nas cotações. Mas, depois foi perdendo terreno e se enfraquecendo com o aumento da oferta de milho e com a demanda se “aquietando”, o que reduziu os ganhos do mês.

     Em boa parte do mês, a colheita e comercialização da soja tomou conta do mercado, dominou as ações e atenções. Assim, o milho foi deixado um tanto de lado, a oferta caiu bastante e a menor disponibilidade do cereal deu suporte aos avanços dos preços. Os compradores tiveram muita dificuldade para formar seus estoques e quem foi ao mercado pouco a pouco foi pagando mais caro pelo milho.

     Mas, o tempo passou e a oferta foi melhorando nas principais praças de comercialização. Assim, as cotações caíram em boa parte das regiões. Mas, como o avanço na metade praticamente inicial do mês foi muito bom no balanço mensal ainda o mês de março foi positivo para as cotações ou ao menos de estabilidade. As notícias de leilões da Conab (Conab), que ainda estão sendo avaliados, contribuíram para a pressão sobre os preços e para a maior tranquilidade dos compradores.

     No balanço mensal, o preço do milho em Campinas/CIF avançou de R$ 40,50 para R$ 40,70 a saca de 60 quilos na base de venda. Na região Mogiana paulista, as cotações avançaram de R$ 38,00 para R$ 39,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 35,50 a saca para R$ 38,50 na base de venda.

     Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, a tendência em abril é de continuação deste cenário de oferta melhor e movimento comprador mais tranquilo, o que pode levar a novas baixas nas cotações do milho.

Fonte: Safras e Mercado