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Tendência é a manutenção dos preços elevados até a colheita
O término do plantio de milho safrinha no Brasil significa que as áreas que não foram plantadas não o serão mais. Isto é particularmente importante no Paraná, onde não foram plantados pouco mais de 263 mil hectares de milho safrinha que, eventualmente poderão ser utilizados no plantio do trigo, gerando um potencial produtivo de aproximadamente mais 730 mil tons no estado.
Na visão do analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, no que tange especificamente ao milho isso significa “quase um milhão de toneladas a menos na disponibilidade deste estado, que é grande produtor e exportador do produto, assim como também grande consumidor interno, graças ao seu crescente parque industrial de carnes”. Este aumento potencial da área de trigo, por outro lado, poderá significar uma pequena redução dos preços no primeiro semestre de 2019 em relação a igual período de 2018. “Já para o milho é justamente o contrário: a tendência é a manutenção dos preços elevados até a colheita (embora não no ápice em que já estiveram) e depois uma queda pequena, porque a oferta continuará reduzida”, diz Pacheco.
“A tendência dos preços do milho estará, assim, vinculada um pouco à redução da oferta, mas, em maior parte, ao comportamento da demanda, que anda também reduzida, por conta dos problemas havidos com o setor, nos seus três componentes: frango (BRF), boi e suíno (JBS, Carne Fraca I e II). O balanço destes dois fatores ditará os preços no futuro”, conclui o analista da T&F Consultoria Agroeconômica.
Fonte: AGROLINK