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Produtores se retraíram e estão à espera de novas altas
Os preços do milho no mercado interno estão totalmente descolados dos preços de exportação, diante da retração de vendas dos agricultores. De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, o vácuo que separa os preços do milho no mercado interno dos preços de exportação já atingiram 7,0%, de acordo com cálculo dos custos de exportação comparado com os preços do mercado interno em praças distantes 500 km dos portos. “Há milho abundante e isto deveria fazer os preços caírem, mas a expectativa por altas substanciais a curto e médio prazo, na esteira do que já está acontecendo nos últimos 30 dias, faz os produtores se retraírem e ficarem à espera de novas altas”, afirma o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.
Como segundo maior exportador mundial, diz o especialista, o Brasil tem um padrão de preços de paridade com a exportação. A rigor, este deveria ser o preço também para o mercado interno, mas, nesta safra, nenhum estado vendeu milho igual ou abaixo da paridade de exportação, com a honrosa exceção do estado do Mato Grosso, que teve ajuda do governo para a venda de 9 milhões de toneladas. Isto significa que, nesta safra, o milho nunca esteve barato, se visto pela paridade exportadora.
FUNDAMENTOS
Levantamentos da Consultoria AgRural registram que a colheita de milho da 1ª safra no Centro/Sul do Brasil haviam alcançado 19% da área até a última quinta-feira (22.02). O resultado é igual ao do ano passado e 22% da média dos últimos cinco anos. Já o plantio de milho da 2ª safra tinha alcançado 43% no Centro/Sul do Brasil, na mesma data, contra 57% há um ano e 47% na média dos últimos cinco anos.
Fonte: AGROLINK