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Na safrinha de 2018, a área semeada com o milho deverá ficar próxima da registrada no ciclo anterior, apesar do atraso observado no plantio da soja da safra 2017/18. Na safra passada, em torno de 12 milhões de hectares foram cultivados com o grão. E até o momento, as consultorias privadas estimam a segunda safra entre 63 milhões até 65,6 milhões de toneladas, uma queda de até 6,5% em relação ao colhido no ano anterior, de 67,38 milhões de toneladas.
A diferença é resultante da redução nos investimentos por parte dos produtores, o que pode impactar o rendimento das lavouras na próxima temporada, conforme destaca o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. No ciclo 2016/17, a produtividade média foi de 5,81 mil quilos por hectare, ainda conforme dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
“Essa redução é uma consequência, principalmente, dos preços mais baixos registrados ao longo de 2017. E, para compensar os custos de produção, os produtores pisaram no freio em relação aos investimentos”, destaca Brandalizze.
Além desse cenário, a INTL FCStone reforça as preocupações com o cultivo do cereal realizado fora da janela ideal e que também podem afetar a produtividade das plantações. “Quanto mais tarde a segunda safra é semeada, maior é o risco climático a que ela está sujeita, pois as chuvas vão ficando escassas em grande parte do país”, informou a consultoria em nota.
Área cultivada
Diante da demora na chegada das chuvas, as principais regiões produtoras registraram um atraso de até 20 dias na semeadura da oleaginosa. Cenário que acabou comprometendo a janela ideal de cultivo da segunda safra, que em muitas localidades, é encerrada no mês de fevereiro.
“A soja começou mais devagar, tivemos poucas chuvas em setembro e outubro. Porém, os trabalhos se desenvolveram bem no mês de novembro. Não vemos um atraso tão forte. A janela do milho pode ser um pouco menor, mas não que seja tão preocupante quanto era no início do plantio da oleaginosa”, explica o analista da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira.
Para a Céleres Consultoria, a área plantada com o milho na segunda safra deverá ficar ao redor de 11,5 milhões de hectares. E a segunda safra está estimada em 63 milhões de toneladas, um recuo de 5% em relação ao ano anterior.
“Nas principais regiões de produção do milho segunda safra, os produtores já adquiriram os insumos e não devemos acompanhar reduções expressivas na área plantada. Inclusive, no Médio-Norte do Mato Grosso, os agricultores já iniciaram a semeadura da segunda safra”, reforça o consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
No maior estado produtor do cereal na segunda safra, o Mato Grosso, o consultor sinaliza que alguns produtores podem migrar para as culturas do algodão e do feijão. “Mas essa situação não deve impactar em grandes áreas. Acreditamos que entre 4 a 4,3 milhões de hectares ainda serão semeados com o milho”, ressalta.
Ainda segundo o último levantamento realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os produtores mato-grossenses deverão cultivar 4,6 milhões de hectares com o cereal. A safra é estimada em 27,85 milhões de toneladas, frente as 28,61 milhões de toneladas colhidas no ciclo passado.
Já no Paraná, segundo maior produtor do grão, a área cultivada deverá totalizar 2,3 milhões de hectares nesta safra, ainda conforme ponderam os especialistas. O número está acima do reportado pelo Deral (Departamento de Economia Rural), de 2,15 milhões de hectares para essa temporada.
“No estado, algumas localidades como Santa Terezinha do Itaipu, Marechal Cândido Rondon e Missal, os agricultores começaram a colheita em pontos isolados. Mas o plantio do milho deverá andar depois do dia 20 de janeiro”, pondera Brandalizze.
Fonte: Notícias Agrícolas