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O professor doutor Marcos Fava Neves, da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade Estadual de São Paulo (USP), realizou um estudo que conta com a avaliação de várias culturas produzidas pelo agronegócio brasileiro em termos de oferta e demanda. Um dos produtos destacados neste estudo é o milho, que será beneficiado pela decisão dos Estados Unidos de manter, em 2018, os volumes obrigatórios de adicação do etanol na gasolina local.
A indústria norte-americana também trabalha em uma possível ampliação de 10% deste volume para 15%, abrindo espaço para que o Brasil coloque milho neste mercado. O mesmo se reflete na China que, a partir de 2020, também irá utilizar a mistura de 10% de etanol – só este fator representa 50 milhões de toneladas de milho a mais. Em questão de preços, o milho, uma vez que terá uma produção menor do que a anterior, terá preços estáveis ou ligeiramente melhores do que os atuais. O café e o leite, por sua vez, deverão ter preços razoáveis – mas nada que seja desanimador, explica o professor. Nas últimas quatro décadas, a área de produção do Brasil aumentou em 62,5% e a produção resultante, em 405%. Com isso, ele constata que a agricultura brasileira é “ultra-ambiental, preservando uma grande área e entregando resultados”.