Notice: Undefined offset: 1 in /home/abramilho/domains/abramilho.org.br/public_html/wp-content/themes/jnews/class/ContentTag.php on line 86
Notice: Undefined offset: 1 in /home/abramilho/domains/abramilho.org.br/public_html/wp-content/themes/jnews/class/ContentTag.php on line 86
O La Niña está confirmado. Com probabilidade elevada para até 75%, é esperado que o fenômeno perdure até meados de fevereiro a abril de 2018, inverno no Hemisfério Norte e verão e outono no Brasil. A informação é do Centro de Previsão Climática da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). Os reflexos com esse sistema podem ser diversos em todo mundo, com atenção para a safra brasileira na região Sul.
Com as temperaturas das águas do Oceano Pacífico Equatorial mais frias, o La Niña clássico provocaria, no Brasil, um volume menor, em média, de chuvas para o Sul do país, com atenção para as culturas de verão. Mas traria boas condições para o Centro-Norte e Nordeste. Essas condições previstas, no entanto, são a longo prazo, segundo o professor Expedito Rebello, coordenador geral do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Temperaturas da superfície do mar no Oceano Pacífico, em comparação com a média. As áreas azuis são mais frias do que a média, enquanto as áreas laranja são mais quentes do que a média (Foto: The Climate Prediction Center/NOAA)
“Com a ocorrência do La Niña, para a região Norte do Brasil, as chances são de chuvas acima da média nos estados do Amazonas, Acre e Rondônia. Para grande parte do Nordeste, esse fenômeno apresenta, em média, boas chuvas. Vale ressaltar a região enfrenta seis anos seguidos de seca. Para o Centro-Oeste e Sudeste, podemos ter todo tipo de fenômeno, como estão mais na área central do país. E no Sul, pode haver ter falta de chuva ou intensificação de veranico”, explica Expedito Rebello.
Essa condição para a região Sul do Brasil demanda atenção, uma vez que pode afetar a produção das culturas de verão no início do ano, como soja e milho que estão em plantio e serão colhidas nos próximos meses. “Essa divulgação confirma o que o Inmet já vinha dizendo desde agosto”, afirma Rebello.
O La Niña é causado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico tropical e, em outras localidades ao redor do globo também pode incitar mudanças climáticas. Como o aumento das chuvas no Sudeste Asiático e Austrália. Para os Estados Unidos, o NOAA disse que a perspectiva favoreceu temperaturas acima da média e precipitação abaixo da média em toda a parte Sul do país, enquanto a parte Norte do país poderia ver temperaturas abaixo da média e acima da precipitação mediana.
Típicos impactos do La Niña no inverno em toda a América do Norte (Foto: The Climate Prediction Center/NOAA)
Paralelamente, em recente entrevista ao Notícias Agrícolas, o meteorologista do Inmet salientou que os efeitos do La Niña podem ser distorcidos por outro sistema que altera as temperaturas das águas no Atlântico Norte, pelo menos em um primeiro momento. Tanto é que os modelos de tendências para o clima apontam um dezembro com chuvas abaixo da média no Matopiba e parte de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Por isso, é preciso seguir monitorando os dados e mapas climáticos.
Fonte: Notícias Agrícolas