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Depois da subida significativa do dólar em relação na última semana, estaria aberta a oportunidade para exportações de grãos no curto e médio prazo. As exportações brasileiras de milho já registram um recorde no que vai do ano, enquanto que o valor da soja já tem apresentado melhoras em função do mercado externo. Para o analista da Global Commodity Analytics & Consulting, Mike Zuzolo, do Kansas, essa é uma tendência que já vem de um tempo. “Minha maior preocupação tem sido a desvalorização do real, que tem tornado o Brasil um pouco mais competitivo. As taxas de juros mais baixas fixadas pelo Banco Central do Brasil também são fator de preocupação. Em alguns destinos, como a China, o Brasil ganha competitividade”, disse.
Durante a safra atual, os produtores norte-americanos já reduziram o investimento em insumos, conforme revelado por reportagem da Reuters, justamente para estarem mais competitivos com os grãos da América do Sul. Por outro lado, os grãos dos Estados Unidos continuam sendo muito mais competitivos mesmo com mais investimento na lavoura na maioria dos destinos em função de tratados de livre comércio, fretes significativamente mais baratos e taxas de juros mais baixas. Para se ter uma ideia, o frete de um barco do porto de Santos para a Costa Oeste do México, região com maior demanda de milho no mundo, pode chegar a US$ 60,00/tonelada. O mesmo frete de uma região produtora dos Estados Unidos até o destino final no Oeste mexicano pode sair por apenas US$ 40,00/tonelada com uma linha direta ferroviária.
Fonte: AGROLINK