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Até o dia 4 de agosto, 58,2% da área plantada já havia sido colhida
O volume de exportações do milho produzido em Mato Grosso do Sul caiu 87,08% entre janeiro e julho de 2017 em comparação com o mesmo período do ano passado. Até o dia 4 de agosto, 58,2% da área plantada já havia sido colhida. Aldo Barrigosse, consultor em mercado, explica que a retração nas vendas externas se deu em razão dos preços do produto terem caído no exterior. Como os custos de produção são altos, compensa mais vendê-lo no país, onde os valores estão um pouco melhores, do que mandá-los para fora.
Segundo boletim da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado), foram enviados ao exterior 177,6 mil toneladas do grão, quando nos sete primeiros meses de 2016 haviam sido vendidos a outros países 1,37 milhão de toneladas do insumo. As exportações de milho neste ano alcançaram receita de US$ 27,9 milhões. Ano passado, no mesmo período, os negócios haviam rendido U$$ 229,1 milhões. O Irã foi o principal cliente do estado. Ele comprou US$ 8,9 milhões do cereal colhido em Mato Grosso do Sul. A Coreia do Sul também teve destaque nas receitas geradas pela exportação, comprando US$ 7,5 milhões do produto.
A principal rota de saída do milho sul-mato-grossense para o mundo continua sendo o porto de Paranaguá (PR) seguido por Santos (SP). Conforme o relatório da Famasul, essa queda se deu também a nível nacional. O Brasil vendeu a outros países este ano 5,53 milhões de toneladas do grão de janeiro a julho, queda de 58,44% em relação ao mesmo período de 2016. O Mato Grosso foi o principal exportador de milho no acumulado de 2017 no país, sendo responsável por 60,5% da receita total das negociações do produto no exterior. Mato Grosso do Sul teve participação de 3,11% a nível nacional e ficou na quinta posição.
Desvalorização – O preço do milho tem atingido recordes de queda este ano e nos oito primeiros dias de agosto despencou mais 0,79%, alcançando a margem de R$ 15,75. O valor continua sendo o menor desde 2010, quando a saca atingiu R$ 13,11. Em contrapartida, a colheita do grão em Mato Grosso do Sul deve ser a maior da história este ano. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), devem ser produzidas 9,41 milhões de toneladas do grão na segunda safra deste ano. O volume é 53,7% superior aos 6,12 milhões de toneladas colhidos no ano passado e o maior de toda série histórica do órgão iniciada em 1989.
Fonte: Campo Grande News