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O resultado das lavouras corresponde a R$ 367,9 bilhões e o da pecuária a R$ 167,5 bilhões
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2017 está estimado em R$ 535,4 bilhões, 4,5% acima do obtido em 2016 (R$ 512,5 bilhões). O VPB – reajustado com base nas informações de julho – foi divulgado nesta terça-feira (15) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O resultado das lavouras corresponde a R$ 367,9 bilhões e o da pecuária a R$ 167,5 bilhões. O crescimento do valor real das lavouras é de 10,2%, enquanto o da pecuária apresenta recuo de 6,3%.
De acordo com o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques, como o ano agrícola está quase encerrado para a maior parte das lavouras, não deve haver mudanças acentuadas daqui até o fim do ano. Enquanto no ano passado os preços agrícolas foram decisivos na formação do valor da produção, neste ano o fator mais importante na composição do valor é a produtividade. “Isso acontece em função da safra recorde de grãos, estimada em 238,2 milhões de toneladas pela Conab, e de 242,1 milhões segundo o IBGE”, analisa Gasques. A expansão de área e os preços têm importância menor na composição do valor de 2017. De uma lista de produtos que têm apresentado resultados mais favoráveis, destacam-se o algodão, com aumento real de 75,6% no valor, cana de açúcar (46,4%), laranja (25,2%), milho (19,3%) e soja (2,3%). O valor da produção de soja, de R$ 115,6 bilhões, corresponde a 31,4% do VBP total, mas, segundo estudo da SPA, houve anos em que a participação foi maior, como em 2015 e 2016. Para o coordenador-geral de Estudos e Análises, pode-se dizer que milho, soja e cana de açúcar têm sustentado o crescimento do faturamento do setor.
Na pecuária, suínos e leite, que têm se beneficiado de aumento de preços ao produtor, são os principais destaques. Mas carne bovina, de frango e ovos têm tido retração de preços, o que resulta em menor faturamento dessas atividades.Há um grupo de produtos das lavouras que vêm apresentando desempenho menos favorável na comparação com o ano passado. Isso se deve a menores níveis de produção ou de preços. Mas neste ano, para a maior parte do grupo, como banana, batata-inglesa, cacau, cebola, feijão e maçã, a principal razão da retração são preços menores na comparação com 2016. Em alguns, como café e trigo, há uma combinação de preços mais baixos e quantidades também menores. Os valores da produção regional mostram a liderança do Sul, com o VBP de R$ 141,3 bilhões, seguida pelo Centro-Oeste (R$ 138,6 bilhões), Sudeste (R$ 137,5 bilhões), Nordeste (R$ 50,1 bilhões) e Norte (R$ 32,5 bilhões). Os estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia, representam conjuntamente 70,5% do VBP neste ano.
Fonte: MAPA