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O mercado brasileiro de milho teve um mês de julho de preços fracos, com baixas nos portos e tensão com a safra norte-americana, com indicação de clima desfavorável à produção. A colheita de uma safrinha recorde no Brasil foi fator de pressão, com o dólar fraco sendo outro aspecto negativo, além de dificuldades com oferta de fretes, com custos elevados.
As indicações de problemas com o clima seco no Meio Oeste americano elevaram os preços na Bolsa de Chicago e geraram tensão também no Brasil. Mas, segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, não houve indicadores consistentes para reverter os preços em plena colheita de uma safrinha recorde.
Por outro lado, Molinari indicou que as cotações só não caíram mais justamente porque a colheita da safrinha ainda não teve todo o ritmo no interior dos estados. Além disso, essa expectativa em torno da safra dos EUA reduziu o movimento de venda dos produtores, que aguardaram por uma recuperação nos preços internacionais.
No balanço mensal, em Campinas (CIF) o preço do milho passou de R$ 26,50 para R$ 25,50 a saca de 60 quilos. Na região Mogiana paulista, o preço caiu de R$ 24,00 para R$ 22,00. Em Cascavel, no Paraná, a cotação até avançou um pouco, de R$ 21,00 para R$ 22,00 a saca.
No Porto de Paranaguá, a cotação passou de R$ 27,00 para R$ 26,70. Já no Porto de Santos, o preço baixou de R$ 28,00 para R$ 27,00.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 226,7 milhões em julho (15 dias úteis), com média diária de US$ 15,1 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 1,468 milhão de toneladas, com média de 97,9 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 154,30. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Na comparação com a média diária de junho, houve uma elevação de 249,5% no valor médio exportado, uma alta de 265,1% na quantidade média diária e perda de 4,3% no preço médio. Na comparação com julho de 2016, houve ganho de 72,2% no valor médio diário exportado, elevação de 96,7% na quantidade média diária e desvalorização de 12,4% no preço médio.
Fonte: Safras & Mercado