Notice: Undefined offset: 1 in /home/abramilho/domains/abramilho.org.br/public_html/wp-content/themes/jnews/class/ContentTag.php on line 86
Notice: Undefined offset: 1 in /home/abramilho/domains/abramilho.org.br/public_html/wp-content/themes/jnews/class/ContentTag.php on line 86
Se depender do Ministério da Agricultura, o próximo Plano Safra 2017/18 vai ofertar um volume global de crédito rural da ordem de R$ 192.5 bilhões para a agricultura empresarial e os juros das linhas ficarão entre 6,5% a 10,5% ao ano. O montante, que ainda precisa ser aprovado pela área econômica do governo e vem sendo negociado com a equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é 4,8% superior ao total de recursos disponibilizados no atual ciclo, o 2016/17. Esse aumento, proposto pela Pasta comandada Blairo Maggi, pode ser considerado modesto tendo em lista a evolução recente do pacote oferecido pelo governo para o plantio da safra. Mas não deixa de ser robusto levando-se em conta a crise econômica.
Até o Plano Safra 2016/17, ainda em vigor e que se encerra no dia 30 de junho, o governo vinha anunciando planos com recursos normalmente 20% superiores aos do ciclo anterior. O Plano 2016/17 foi o primeiro em décadas a trazer um número menor que o da temporada anterior (R$ 183.8 bilhões). Em 2015/16, foram ofertados R$ 187.7 bilhões. Maggi disse ontem que dentro de duas semanas Fazenda e Agricultura deverão definir o esqueleto central do próximo plano para lançá-lo até fim de maio. As condições que serão definidas entrarão em vigor em 1º de julho. Ainda que Agricultura defenda um corte dos juros,técnicos da Fazenda defendem que os juros continuem nos atuais patamares, entre 8,5% e 12% ao ano. Atrelar esses juros à Selic, como queria a equipe econômica inicialmente, está cada vez mais distante. “Resolvemos propor um limite de recursos que não fosse tão superior ao da safra passada, mesmo porque vemos que a demanda por crédito não deve aumentar muito”, disse ao Valor o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller.
Nessa configuração desenhada pelo Ministério da Agricultura, os recursos para custeio e comercialização, que sempre concentram a maior parte da demanda de agricultores e pecuaristas por financiamento bancário, contará com R$ 152.6 bilhões em 2017/18, uma alta de 2% em relação ao atual ciclo. E juros de 7,5% ao ano, abaixo dos atuais 9,5% ao ano, como já mostrou o Valor. Por outro lado, a tendência de recuperação dos investimentos no campo, marcante na safra 2016/17, levou o ministério a propor um incremento expressivo de 18% para as linhas de crédito destinadas a essa finalidade no ciclo 2017/18, o que significa R$ 40.2 bilhões. Nesse bojo, o Moderfrota, voltado para maquinário agrícola, ficaria com R$ 9 bilhões, mesmo patamar da atual temporada, após aportes adicionais feitos pelo governo diante de uma demanda aquecida por esses financiamentos que superou os R$ 5 bilhões iniciais.
Outra linha de crédito para investimento que o Ministério da Agricultura pretende ampliar é o Programa de Crédito para Armazenagem (PCA). Nesta safra, foram disponibilizados R$ 1.4 bilhão. O objetivo é elevar para R$ 1.8 bilhão no ciclo 2017/18. Em outra frente, a política de incentivar as operações de crédito rural a partir das captações de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), título isento de Imposto de Renda, continua. Dentro desse plano, os financiamentos com base nas LCAs alcançam R$ 27 bilhões, com destaque para as operações com taxa controlada, que contarão com R$ 13.6 bilhões contra R$ 9 bilhões da temporada passada.
Fonte: Valor Econômico