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Na safra atual a previsão é que sejam colhidas 26,5 milhões de toneladas de milho no Estado, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Do volume total, 38,7% já estão comercializados. Os preços atuais alcançam a média de R$ 21,85 (saca de 60 quilos), conforme o Indicador Imea.
No fechamento da última semana, a cotação acumulou baixa semanal de 0,86% e mensal de 7,72%. Agentes do mercado afirmam que o milho disponível está sendo negociado a R$ 17 a saca. No auge da colheita, a expectativa do mercado é que os preços cheguem a R$ 10 a saca, bem abaixo do preço mínimo estipulado pelo governo, de R$ 16,50 para Mato Grosso. Na semana passada, o plantio do milho foi encerrado no Estado.
Para o presidente da Bolsa de Mercadorias e Cereais de Sinop (BMCS), Alex Serafim, é possível que Mato Grosso seja o principal estado produtor de milho atendido pelos instrumentos previstos na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), por causa da queda nos preços do cereal. Ele avalia ainda que para atender aos produtores mato-grossenses os leilões de Pepro são mais adequados. “Ele pode vender o milho do jeito que está na lavoura, armazenado em silo-bolsa, não precisa pagar prêmio para adquirir direito de venda, não tem lançamento de despesa de contrato”.
As regras serão definidas com clareza na publicação dos editais de leilão, lembra Serafim. “Os leilões de Pepro têm algumas peculiaridades. Uma delas é que a soma do prêmio de mercado com o preço pago ao produtor não fique abaixo do preço mínimo”. Conforme o presidente da BMCS, o preço futuro do milho para exportação está em torno de R$ 12 a saca. Para alcançar o preço mínimo será preciso estabelecer prêmio de R$ 3,50 para uma cotação de R$ 13 a saca do cereal. Conforme Serafim, o governo deveria vetar a participação no leilão de produtores que já conseguiram vender milho acima do preço futuro. “Assim é possível atender os produtores que realmente precisam”.
Fonte: Só Notícia